POLÍCIA CIVIL : Ato pela reposição salarial e IPE
A UGEIRM (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia/RS), participou na manhã de terça-feira, junto com outras entidades representativas dos servidores públicos estaduais e federais, de um Ato Público por salário digno e um IPE Saúde Público, solidário e de qualidade.
A concentração para o ato, aconteceu em frente ao Prédio do IPE, na avenida Borges de Medeiros em Porto Alegre. O objetivo com a concentração, em frente ao prédio do Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais, era chamar a atenção para a situação preocupante em que se encontra o IPE Saúde.
Com a crise financeira e uma dívida superior a RS1 bilhão, com hospitais e clínicas, e resultado da má gestão por parte do governo do Estado, a própria continuidade da assistência à saúde dos servidores estaduais está colocada em risco.
Manifestantes protestaram contra o índice de 6% de reajuste salarial. Após a concentração em frente ao prédio do IPE, os servidores partiram em passeata em direção ao Palácio Piratini, para protestar contra o reajuste de 6%, encaminhado pelo então governador, Eduardo Leite, à Assembleia Legislativa.
As entidades presentes ao ato, destacaram que o índice proposto não repõe nem mesmo a inflação de 2021. Algumas categorias se encontram há quase dez anos sem nenhum tipo de reposição salarial, acumulando perdas salariais de mais de 50%.
O vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, destacou que “o ato foi bastante significativo porque demonstrou a unidade de todos os segmentos do serviço público estadual, num sentido de repudiar essa proposta de 6% de revisão geral do governo, quando na verdade não cobre nem a inflação do período do governo Eduardo Leite. Um governo que se vangloria de ter tido superávit nos últimos anos, que passou esses últimos quatro anos sem conceder nenhum tipo de reajuste aos servidores e agora vem com essa proposta irrisória”
O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, ressaltou a importância da defesa do IPE Saúde: “O governo do Estado também atua de forma negligente. O próprio fato de alguns dos servidores estarem há mais de sete anos sem reajuste salarial, faz com que a arrecadação do IPE esteja defasada. Importante lembrar também que o governo leiloou boa parte do patrimônio do IPE, só que não repassou o dinheiro para o instituto, que é um patrimônio dos servidores. A gente vai até os últimos dias lutando para que o índice seja revisto, e não abrimos mão do IPE 100% público e de qualidade”.
Já o Secretário Geral da UGEIRM, Pablo Mesquita, convoca a categoria a participar das mobilizações em defesa do IPE e pela alteração do índice de reposição salarial. “Esse momento é decisivo. A proposta de reajuste de 6%, que se encontra na Assembleia, precisa ser votada até o dia 5 de maio, senão toda a pauta do parlamento fica bloqueada. Portanto, essa semana
será decisiva na pressão sobre os parlamentares. É importante que os deputados sejam pressionados nas suas bases eleitorais, é lá que será decidido o nosso reajuste”.