FURG : Acadêmicos de Educação do Campo conheceram o “Canto de Conexão”
Por Carlos Cogoy
Unindo os saberes em prol da vida. Assim, foi identificada, conforme divulga a professora dra. Jara Fontoura (Furg), a atividade realizada pelo curso de Educação do Campo – oferecido pela unidade da FURG em São Lourenço do Sul. No grupo, que visitou o Kilombo Urbano Canto de Conexão em Pelotas, e a aldeia Pará Rokê no distrito de Domingos Petroline em Rio Grande, quinze estudantes e quatro educadores. Além de acadêmicos de Educação do Campo, também quatro estudantes do curso de Letras.
CANTO DE CONEXÃO – Em Pelotas, no número 1.327 à rua Benjamin Constant – esquina com a rua Álvaro Chaves -, o grupo foi recepcionado pelos integrantes do coletivo, e houve uma visita ao espaço, que regularmente fomenta atividades artístico-culturais na região do Porto. As ações do Canto de Conexão, foram apresentadas pela pedagoga Raquel Moreira. Numa roda de diálogos, de acordo com a professora Jara Fontoura, presença de mestranda em educação na UFPel, egressa da licenciatura em Educação do Campo. “Conhecemos a realidade do coletivo, e soubemos o quanto a comunidade tem colaborado, através de inúmeras doações, desde alimentos até material de construção. E os participantes do Kilombo, ressaltaram o compromisso com a partilha solidária, ou seja, possibilitando o acesso ao espaço, e também contribuindo com moradores do entorno”, diz a docente.
INDÍGENAS – Na segunda etapa da programação, que ocorreu ao fim de outubro, o grupo esteve na aldeia Pará Rokê em Domingos Petroline, distrito de Rio Grande. No local, o professor Gildo Gomes da Silva, explanou sobre a história do seu povo. Na aldeia, dezoito famílias, num total de sessenta pessoas. O grupo da Furg conheceu o artesanato do povo Guarani, e participou de roda de integração à comunidade. Em destaque, a visita à Escola Indígena Pará Mirim, onde o professor ministra aulas para quinze alunos, crianças entre cinco e onze anos. À delegação da FURG, o “sábio da aldeia” explanou sobre o alfabeto indígena, numa troca de saberes culturais. A escola, como informou, recebeu computadores, mas ainda não dispõe de acesso à internet. No encontro, os acadêmicos doaram alimentos, roupas e brinquedos pedagógicos aos alunos, bem como sementes crioulas de feijões para os moradores.
EDUCAÇÃO do Campo é curso que atende pescadores, quilombolas, filhos de agricultores, e aqueles que buscam ser “professores do campo e, para o campo”. A professora Jara Fontoura ministra as disciplinas Trajetórias Escolares, e Gestão e Organização Escolar. Ela menciona sobre as visitas realizadas: “O propósito das saídas de campo, são para a formação e viabilização dos educandos, instigando outros olhares, em relação a comunidades quilombolas, pesqueiras, de agricultores e indígenas, reforçando os coletivos, e promovendo a união, visando a educação libertadora, crítica e ética”.