BRIGADA MILITAR : Simulação de assalto a banco ressalta a integração entre as forças de segurança
A comunidade também pode colaborar com a prevenção ao domínio de cidades pelo crime identificado como “Novo Cangaço”
Pouco depois das 22h de segunda-feira, a área no entorno da agência centro do Banco do Brasil, à rua Lobo da Costa, foi o cenário para a simulação de um ataque a banco.
No local, cujo acesso foi interrompido ao trânsito, tiros de festim, sirenes ligadas, e veículos realizando manobras bruscas.
O público acompanhou a performance de 150 policiais militares, civis, bombeiros, e também profissionais da área de perícia, saúde e sistema prisional.
Em frente à agência bancária, um telão exibia imagens de ações, como a vistoria realizada pelos policiais militares, que ingressaram na agência.
À rua general Osório, esquina com a Lobo da Costa, um ator que interpretava um refém, permaneceu deitado, como se houvesse sido ferido pelos criminosos.
Para completar a simulação, que também contou com a Guarda Municipal, Comando Rodoviário da BM, Patrulha Ambiental, policiais do Choque, Polícia Federal, e Polícia Rodoviária Federal (PRF), um helicóptero do Batalhão de Aviação da BM, sobrevoou o local.
No desfecho da ação, que teve duração de pouco mais de quarenta minutos, um refém ferido sem gravidade, um criminoso em óbito, e dez capturados.
No telão, o público, autores e convidados, acompanharam o vídeo, gravado, com cenas da perseguição aos criminosos, confronto e captura.
A simulação em Pelotas, conforme abordado na entrevista coletiva, realizada antes do evento, na sede do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPO/Sul), aconteceu após experiências similares em Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Maria, Livramento, Santa Cruz do Sul e Santo Ângelo.
O roteiro pelo Estado, foi definido através de avaliações do setor de inteligência, visando mapear as regiões, de forma preventiva ao crime que já impactou o País, e está identificado como “Novo Cangaço”.
Geralmente, na ação criminosa, populares são feitos reféns, e o grupo intimida os moradores, com tiros e explosivos.
A prevenção, por conta de um plano de ação, que integra as forças de segurança, é a estratégia que dificulta e inibe as quadrilhas. Assim, foi ressaltado pelo subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares, e ratificado pelo coronel Goggia, que está à frente do CRPO/Sul.
A comunidade, no entanto, também pode colaborar para evitar a prática criminosa. Através de canais, como o fone 190, de atendimento à população, podem ser informadas ações suspeitas.
Um ataque a banco, como mencionou o subcomandante Soares, geralmente decorre de um planejamento, o que pode oferecer indícios a moradores, desde uma movimentação diferente, até diálogos e informações, que se tornam discrepantes em relação à rotina de cada lugar.
Entre as autoridades presentes à coletiva, e que acompanharam a simulação no centro da cidade, o delegado Márcio Steffens – titular da 18ª Delegacia de Polícia Regional -, e o secretário José Apodi Dourado da Secretaria Municipal de Segurança Pública (SMSP). Ambos salientaram a integração na segurança pública, e Dourado acrescentou que o “Pacto pela Paz”, desenvolvido na cidade, tem proporcionado resultados expressivos na queda dos índices da criminalidade.
O subcomandante Soares frisou que o Estado já realiza, regularmente, a operação Angico, o que em contribuído para praticamente estancar as ações de ataque a banco. Ele salienta que o combate implica em três conceitos: investimento; inteligência; integração.
O trabalho também tem contado com representantes de instituições financeiras, que interagem com as forças de segurança.
Em dezembro, completando o circuito pelo Estado, uma grande simulação será realizada em Porto Alegre.