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sábado, 23 de novembro de 2024

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Protagonismo feminino é estimulado durante Congresso de Agronomia

Protagonismo feminino é estimulado durante Congresso de Agronomia
15 setembro
15:59 2023

Presença cada vez maior de mulheres nos cursos, pesquisa e inovação foi tema de painel no evento em Pelotas

A participação feminina no universo profissional dos engenheiros agrônomos ainda é minoritária. Segundo os dados mais recentes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), existem 33.391 mulheres com registros nos conselhos regionais aptas a exercer a atividade. O número representa 22,2% do total de 150.577 registros da classe agronômica. Ou seja, são apenas pouco mais de duas mulheres para cada dez profissionais da engenharia agronômica no Brasil. Apesar disso, o cenário parece estar se tornando mais favorável a um equilíbrio entre gêneros. Este foi o tema de um dos painéis do 33º Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA 2023), promovido pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) em parceria com a Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (Sargs), entre terça e sexta-feira (de 12 a 15) no parque Ildefonso Simões Lopes, da Associação Rural de Pelotas (RS).

Com o tema “O papel da engenheira agrônoma e o protagonismo nas áreas de atuação profissional”, o painel reuniu mulheres de todo o Brasil para discutir os avanços e desafios enfrentados por elas desde a formação até o mercado de trabalho e conquista de espaços de liderança. Entre as debatedoras estiveram as agrônomas Edilene Steinwandter, primeira mulher a presidir a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri-SC); Denize Cristina Leite Frandoloso, coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia do Crea-RS; Maria do Carmo Bassols Raseira, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado; e Stefany Sampaio Silveira, agrônoma e apresentadora de TV no Espírito Santo.

Para a diretora de equidade de gênero da Confaeab, Maria Helena de Araújo, organizadora e mediadora do painel, a participação feminina nos cursos de Agronomia tem aumentado, em contraste à presença reduzida dentro dos conselhos da profissão. Segundo ela, isso representa um avanço. “Passo a passo se chegará a uma igualdade. Não é possível dizer em quantos anos, mas é uma evolução. Isso se deve ao momento atual, em que o agronegócio está mais do que nunca em evidência. O que se soma a movimentos de maior participação feminina em todos os aspectos”, avalia.

Visibilidade

Com mais de 15 mil seguidores no Instagram e usando a ferramenta para divulgação de conhecimento sobre engenharia agronômica e agronegócio, Stefany ressalta a importância de que profissionais já em atuação e as que estão conquistando a formação se exponham e ocupem espaços de liderança. “Ainda hoje, apesar de existirem muitas profissionais competentes, é difícil ver mulheres palestrando e se colocando como autoridades no assunto. Isso é reflexo de uma cultura que precisa mudar”, afirma.

Para Maria Helena, o painel dentro do CBA 2023 em Pelotas, cidade que formou a primeira engenheira agrônoma do Brasil em 1915, contribuiu para enfrentar a invisibilidade e reafirmar a competência feminina no agro. “À medida em que mostramos o potencial das mulheres, servimos de exemplo para outras. Pode ser uma menina, podem ser dez, cem. É partir daí que evoluímos e mostramos que temos conhecimento e capacidade de contribuir com o País igualmente.”

Profissionais da agronomia registrados no Brasil:

– Mulheres: 33.391 (22,2%)

– Homens: 117.186 (77,8%)

– Total: 150.577

 

 

Foto: Pedro Andrighi

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