D. Jacinto fala sobre presença da igreja nas periferias
Arcebispo de Pelotas está em Aparecida (SP) na 52ª Assembleia Geral da CNBB
Os bispos do Brasil iniciaram as suas atividades ontem, da 52ª Assembleia Geral da CNBB, com a celebração da Santa Missa no Santuário Nacional de Aparecida presidida pelo Arcebispo de Pelotas e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Dimensão Bíblico Catequética, Dom Jacinto Bergmann.
A celebração contou com a presença dos bispos referenciais de catequese nos regionais da CNBB. O livro da Palavra de Deus foi simbolicamente acolhido durante a missa, numa procissão conduzida por colaboradores da Conferência dos Bispos.
Ao fazer sua reflexão da Primeira Leitura (At 8,26-40) de hoje, Dom Jacinto Bergmann destacou que os anjos do Senhor estão falando aos “Filipes” dos dias atuais para que se preparem para ir até as periferias ao encontro das pessoas famintas da Palavra de Deus.
“Obedientes à Palavra de Deus presente na primeira leitura refletimos que somos hoje os ‘Filipes’ que leem a Sagrada Escritura aos ‘eunucos’. Somos os ‘Filipes’ de que anunciam Jesus Cristo, o verbo de Deus que se fez carne”, afirmou.
Dom Jacinto indagou se os fiéis são capazes de se espelhar em Filipe e oferecer a Palavra de Deus e serem arrebatados por novas missões deixando os “eunucos” prosseguirem.
“Precisamos chegar a novos ambientes e evangelizar todas as cidades até chegar a nossa ‘Cesareia’ definitiva. Obedientes à Palavra de Deus na primeira leitura somos animados a seguir a sua Palavra, seu caminho de oração e comunhão”, completou.
O ARCEBISPO de Pelotas ressaltou que, obedientes à Palavra de Deus presente no Evangelho desta quinta-feira (Jo 6,44-51), formamos parte da multidão que acolhe a Sua Palavra, e é chamada a ser discípula e missionária.
“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo (Jo 6, 51)”, afirmou o Arcebispo citando o Evangelho.
Dom Jacinto falou sobre o Documento do Concílio Vaticano II a Constituição Dogmática Dei Verbum, sobre a divina revelação, lembrando sua grande contribuição para a Igreja.
“A gratidão pelo Pai descido dos Céus nos faz louvar a Deus pelo dom da Constituição Dogmática Dei Verbum de 18 de novembro de 1965. Agradecemos pela Constituição que propõe a genuína reflexão, a fim de que pelo anúncio da salvação o mundo inteiro creia, espere e ame a Deus”, afirmou.
Dom Jacinto agradeceu por toda reflexão que a Constituição provou nesses 50 anos pós-Concílio Vaticano II.
“A partir da reflexão deste documento, nossa Igreja Católica tornou-se mais atenta em escutar e mais autêntica em servir ao Senhor”, apontou.
Segundo o Arcebispo, a partir dessa reflexão brotou uma corajosa pastoral com uma formação bíblica intensa e uma forte ação missionária.
DOM JACINTO citou também a realização da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em outubro de 2008 como momento motivador para a Igreja.
“Obrigado Senhor porque no decorrer desses 50 anos pós-Concílio Vaticano II a Igreja realizou a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, e ainda arde em nossos corações sua mensagem sinodal”, afirmou.
O Arcebispo também mencionou a Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini do Papa emérito Bento XVI.
“O Papa Emérito nos presenteou com a Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini e nós bispos do Brasil publicamos o Documento 97 da CNBB – A Iniciação a Vida Cristã – consagrando definitivamente a animação bíblica de toda nossa pastoral, tornando cada vez mais evangelizadora a nossa ação missionária”, ressaltou.
A Exortação Apostólica sobre a evangelização, Evangelii Gaudium – “A Alegria do Evangelho”, do Papa Francisco, também foi mencionada pelo Arcebispo de Pelotas.
“Este é um presente feito à Igreja pelo Papa Francisco. É o Verbo de Deus sendo carne e sendo a Igreja pobre para os pobres”.
ANTES de concluir sua reflexão, Dom Jacinto Bergmann pediu a intercessão da Padroeira do Brasil para os trabalhos do episcopado brasileiro na 52ª Assembleia Geral.
“Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, modelo pleno de obediência da fé, nós bispos, hoje vos contemplamos e somos chamados a sermos discípulos e missionários da Palavra de Deus e da Igreja. Ajuda-nos, ó Mãe, para que cada um dos nossos dias seja aproximado do encontro renovado com o Cristo”, concluiu.