Agricultores familiares têm espaço para capacitação e formação em Pelotas
Agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e comunidades da zona rural em risco social na Metade Sul e no resto do país têm um novo espaço de capacitação e formação em Pelotas. A Embrapa Clima Temperado, sediada em Pelotas, inaugurou nesta sexta-feira (9), na Estação Experimental Cascata (ECC), o Centro de Capacitação de Agricultores Familiares (Cecaf).
O local tem alojamento com capacidade para 42 pessoas e auditório para 100, acomodações para portadores de necessidades especiais, cozinha de apoio, sala de estar com TV e memorial que reúne toda história da estação. As atividades vão se relacionar com temas estratégicos da unidade. No local, terá cursos em olericultura, fruticultura, insumos, sistemas agroflorestais e plantas bioativas.
Fioreze afirmou que os investimentos da Emater, em três anos, atingiram R$ 180 milhões – Foto: Fernando Dias
Recuperação
Com participação e importância semelhantes na pesquisa e transferência de tecnologia – uma em âmbito federal e outra estadual -, Embrapa e Fepagro foram recuperadas ao longo dos anos, lembrou o secretário estadual da Agricultura, Claudio Fioreze, que participou da solenidade representando o governador Tarso Genro.
Na área de extensão rural reside um dos principais exemplos. “A Embrapa, de 2002 pra cá, saiu de R$ 3 milhões (em investimentos) para mais de R$ 1 bilhão nessa área. O mesmo aconteceu no Estado nos últimos três anos: saímos de R$ 90 milhões para R$ 180 milhões de investimentos na Emater, contratamos quase mil servidores”, disse Fioreze.
O chefe-geral da unidade de Pelotas, Clenio Pillon, também reforçou a parceria do governo Federal com o Rio Grande do Sul. Os dois, segundo ele, têm reafirmado a importância econômica e social da agricultura familiar na produção de alimentos para o Brasil e o mundo. Inovadora, a Embrapa trabalha para aumentar e melhorar as condições de permanência no campo. Estuda geração de energia por painéis solares e aerogeradores.
“Os primeiros pesquisadores são os próprios produtores. São eles que demandam os questionamentos que transformaremos em pesquisa e tecnologia. No caso da agricultura familiar, eles mesmos são produtores das soluções para o dia a dia no campo”, afirmou Pillon.
