Bélgica insiste e fura defesa dos EUA
Como quase todos os jogos das oitavas de final, a vitória da Bélgica por 2 a 1 diante dos Estados Unidos foi sofrida. A geração de ouro como é chamada a equipe belga não foi ainda brilhante nesta Copa do Mundo, mas está garantida entre as oito melhores seleções do torneio. Os três gols foram marcados na prorrogação. Mas o gol do time vermelho só não saiu antes, porque o goleiro Tim Howard fez tudo e mais um pouco para salvar a pátria norte-americana.
De Bruyne marcou o primeiro gol belga, aos dois minutos da prorrogação. Ainda no primeiro tempo, Lukaku ampliou a vantagem. Mas o gol de Green, no começo do segundo período da prorrogação, serviu para restabelecer o drama na partida. Mas desta vez nem Deus e nem Howard salvou a América.
Para o técnico belga, Marc Wilmots, a vitória fez justiça. “É preciso estar presente e tivemos várias chances na partida inteira. Foi merecido”, decretou logo após a partida. Prova do volume de jogo da Bélgica é que Howard fez incríveis 16 defesas na partida. Esse é o maior número de defesas de um goleiro em Copa do Mundo.
O recorde anterior é do peruano Ramón Quiroga, que, em 1978, na Argentina, fechou o gol diante da Holanda, fazendo 13 defesas. A “muralha” norte-americana registrou seu nome na história das Copas e, curiosamente, foi sorteado para realizar o exame antidoping ao final do jogo.
A geração de ouro da Bélgica, que fez uma campanha irretocável nas eliminatórias europeias, segue avançando na Copa do Mundo. Já está nas oitavas de final do torneio. A classificação foi obtida com a vitória de 2 a 1 diante dos Estados Unidos, nesta terça-feira, na Fonte Nova, em Salvador. Os três gols foram marcados na prorrogação. Na próxima fase, os belgas enfrentam a Argentina.
A equipe belga passou 90 minutos pressionando, sem sucesso, a defesa adversária. Na prorrogação precisou de 15 minutos para marcar dois gols, mas os norte-americanos reagiram no final e deixaram a partida tensa até o apito final do árbitro. A Bélgica ganhou seus quatro jogos até aqui no Mundial, embora não tenha feito apresentações brilhantes. Mas agora terá seu grande desafio contra Messi e Cia.
Bélgica e Estados Unidos poderiam ter feito mais um jogo de muitos gols na Fonte Nova – a “sede das goleadas” nesta Copa do Mundo. Faltou eficiência ofensiva e precisão nas finalizações para as duas seleções. É verdade que a atuação do goleiro norte-americano Tim Howard necessita ser considerada para explicar o empate por zero a zero no tempo normal. Ele teve uma atuação inspirada.
A pressão da Bélgica aumentou na segunda etapa. Aos três minutos, Mertens quase marcou de cabeça, encobrindo Howard, que conseguiu se recuperar e impedir o gol. A trave salvou também os Estados Unidos, aos 11 minutos, numa cabeça de Origi. As chances de gol foram se acumulando e Howard fazendo grandes defesas. Os Estados Unidos também desperdiçaram uma chance incrível com Wondolowski.
Os gols ficaram para o tempo extra. Aos dois minutos, Bruyne pegou a sobra e venceu finalmente Howard. Depois foi a vez do duelo de Lukaku e Tim Howard. O atacante tentou três vezes e o goleiro defendeu. Na quarta conclusão, Lukaku marcou o segundo gol belga. O segundo tempo da prorrogação ficou novamente emocionate, depois que Green descontou para os Estados Unidos. Dempsey poderia, inclusive, ter empatado a partida.
BÉLGICA (2)
Courtois
Alderweireld
Van Buyten
Kompany
Vertonghen
Witsel
Fellaini
De Bruyne
Hazard
Mertens (Mirallas)
Origi (Lukaku)
T: Marc Wilmot
EUA (1)
Howard
Cameron
González
Besler
Johnson (Yedlin)
Bradley
Beasley
Bedoya (Green),
Jones
Zusi (Wondolowski)
Dempsey
T: Jürgen Klinsmann
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia). Local: Fonte Nova, em Salvador/BA