Paim defende fim do voto obrigatório no Brasil
Ao defender o fim do voto obrigatório no país, o senador Paulo Paim (PT-RS), lembrou em Plenário sexta-feira, que a maioria dos países democráticos do mundo não obrigam os eleitores a irem à urnas e nem por isso têm suas democracias fragilizadas.
O senador afirmou que o voto é direito do cidadão e não dever. Portanto, compete aos políticos e partidos a apresentarem argumentos que façam o eleitor querer participar ativamente do processo eleitoral.
“Penso que está na hora de acabar com a ilusão de que o voto obrigatório gere cidadãos politicamente evoluídos. É uma falácia. O caminho para isso é a educação formal de qualidade. Uma massa de eleitores desinformados que vende o voto porque é obrigado a votar diminui a legitimidade do sistema” – argumentou o senador, para quem o simples fato de não comparecer as urnas é uma forma de o eleitor se expressar.
O parlamentar apresentou números de pesquisas segundo as quais os brasileiros não querem mais a obrigatoriedade do voto.
“Compete aos partidos, aos políticos ganharem a população para que vá votar, mas votar em programas, em consciência, em ideias. A decisão de votar deve ser do eleitor. E tanto mais ele se engajará quanto mais acirrada for a disputa e quanto mais ele perceber que o resultado vai influenciar na sua vida negativa ou positivamente” – completou.
Paim também defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais e a permissão para candidaturas avulsas.
PSICÓLOGOS
O parlamentar aproveitou para fazer um apelo à presidente Dilma Rousseff para que sancione o quanto anos o PL 3.338/2008, que reduz a carga horária de psicólogos para 30 horas semanais. Ele lembrou que a diminuição da jornada é uma tendência mundial:
– Eu mesmo sou autor de uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] que reduz a carga das atuais 44 horas para 40 para todos os trabalhadores. Se isso for feito, mais de 3 milhões de empregos serão gerados, sem falar que uma jornada menos exaustiva vai aumentar a produtividade e reduzir os acidentes do trabalho – disse.