Atividade da indústria gaúcha cresce 2,1%
A atividade industrial do Estado cresceu 2,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, sem os efeitos sazonais. Embora seja o segundo avanço consecutivo (em julho a alta foi de 0,7%), o índice não conseguiu suprir a perda de 4,5% de junho. “Além dos problemas estruturais de competitividade, o cenário segue marcado por uma conjunção de fatores adversos, tais como demanda desaquecida, juros elevados, estoques excessivos, baixo nível de investimentos e crise na Argentina”, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS), realizado pela entidade.
O resultado favorável foi puxado principalmente pela expansão do faturamento real (4%), porém não recupera a queda acumulada nos cinco meses anteriores (-15%). Também reagiram positivamente a massa salarial (0,6%) e as horas trabalhadas na produção (0,2%). As demais variáveis ficaram negativas: compras de matérias-primas e insumos (-2,8%), utilização da capacidade instalada (-0,6%) e emprego (-0,5%).
Quando agosto é relacionado com o mesmo mês do ano passado, o desempenho industrial mostra uma forte desaceleração (-6,7%). Nessa base de comparação, todos os itens que compõe o IDI-RS ficaram negativos: faturamente (-13%), compras (-11,5%), horas trabalhadas na produção (-3,8%), emprego (-2,6%), utilização da capacidade instalada (-2,5%) e massa salaria (-0,7%). Dos 17 setores analisados, 11 tiveram desaceleração. As indústrias de Veículos automotores (-11,3%), de Máquinas e equipamentos (-5,0%) e de Produtos de metal (-6,7%) forneceram as maiores influências negativas para o resultado global. Por outro lado, Químicos (2,7%), Alimentos (2,9%) e Bebidas (6,4%) foram os setores que mais impactaram positivamente.
No acumulado dos oito meses do ano, a atividade da indústria gaúcha recuou 4,2% na comparação com o mesmo período de 2013.