STJD julga na sexta-feira os envolvidos no conflito de Londrina
A escalação do Brasil para a partida de domingo, diante do Tombense, em Muriaé – interior mineiro -, no jogo de volta da final do Campeonato Brasileiro da Série D, vai depender do resultado no julgamento dos episódios de Londrina. O processo está na pauta de sexta-feira da Quarta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Além dos dois clubes, 27 pessoas foram denunciadas por envolvimento na briga entre jogadores, membros de comissões técnicas das duas equipes. A sessão de julgamento começa às 10h.
O Brasil corre o risco de perder dois titulares: Eduardo Martini – denunciado no artigo nos artigos 254-A (agressão física) e Cirilo, que responde pelo artigo 257 (por participar de rixa, tumulto ou conflito em jogo) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Mas também foram denunciados pelo procurador do STJD, Paulo Schmidt, os atletas Eduardo Brock, que tem chance de jogar domingo, porque Rafael Forster está com o terceiro cartão amarelo; Nunes, que pode substituir Washington – igualmente suspenso -, Zotti, Gustavo Papa, Márcio Jonatan e Éder. Todos eles inclusos no artigo 257.
O advogado Alexandre Borba, que irá fazer a defesa do Brasil, revela preocupação com a denúncia contra Rogério Zimmermann. “A denúncia por incitar ódio ou violência é muito grave”, diz referindo-se ao artigo 243-D. O treinador também responde pelo artigo 258 (conduta contrária à disciplina desportiva).
Brasil e Londrina foram denunciados nos artigos 213 (não prevenirem e reprimirem as desordens e violência nos estádios) e 257 (tumulto). As penas previstas nos Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) são: 213 – multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil e perda do mando de campo de uma a 10 partidas; 257- pode resultar em multa de até R$ 20 mil.
Rogério Zimmermann denuncia no artigo 258 (assumir postura à disciplina); pena suspensão de uma a seis partidas; e artigo 243-D (incitar o ódio ou a violência); pena – multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil e suspensão pelo prazo de 360 a 720 dias.
Eduardo Martini será julgado pelo artigo 254-A (agressão física); pena – suspensão de quatro a doze partidas; e 257 (participar de rixa ou tumulto); pena – suspensão de duas a 10 partidas. Os demais são denunciados neste mesmo artigo: 257.
Mais denunciados
Também foram denunciados o treinador de goleiros Alex Lessa e o massagista Paulo Sérgio Teixeira, que respondem pelos artigos 257 (rixa, conflito ou tumulto), 258-B (invasão de campo) e 243-F (ofensas). O preparador físico João Francisco Beschorner responde pelo artigo 257.
Os denunciados do Londrina: treinador Cláudio Tencati, o fisioterapeuta Marcelo Rochembach; os jogadores Allan Vieira, Madison, Anderson, Marcelo, Diogo Cristovam, Leonardo, Elias, Guilherme, Robson e Hiago.
Tombense já escolhe substitutos
Em consequência do julgamento de sexta-feira, a delegação do Brasil deve viajar amanhã para Minas Gerais, levando todos os jogadores do grupo. Afinal pode ter mais desfalques no time do que Washington e Rafael Forster, que estão suspensos. Os prováveis substitutos – Nunes e Brock, respectivamente – estão entre os que serão julgados na sexta-feira.
Já o Tombense não terá quatro jogadores por suspensão do terceiro cartão amarelo. O técnico Eugênio Souza já começou a escolher os substitutos. Josemar deve ocupar a vaga de Juninho na lateral-direita; Edimário é o zagueiro substituto de Wellington; no meio-campo retorna Joílson e entra no lugar de Denilson; e Betinho deve jogar na vaga de Mateus.
Paulo Godoy Bezerra, de Santa Catarina, será o árbitro da decisão de domingo. Os auxiliares: Eduardo de Souza Couto e Gabriel Conti Viana – os dois do Rio de Janeiro.