Com dever cumprido, Brasil fecha temporada vitoriosa, mas tem desafio pela frente
A delegação do Brasil chegou a Pelotas na noite desta segunda-feira, sem a taça de campeão do Campeonato Brasileiro da Série D, depois da derrota nos pênaltis para o Tombense. Mas o sentimento não era de frustração e sim do orgulho pelo dever cumprido. Depois do mágico ano de 1985, a temporada atual é a melhor da história do clube. Um ano de vitórias e conquistas – como título do interior e o acesso para a Série C nacional.
Na chegada, o vice-presidente de futebol, Cláudio Montanelli, disse que o Brasil precisa pensar no futuro, mas também festejar o fim de uma etapa vitoriosa. “A bola parou de rolar, mas nós temos que sentar e projetar o futuro. Primeiro temos que comemorar um pouco, porque essa temporada, sem dúvida nenhuma, entra para a história do Brasil”, afirmou.
Grupo xavante com as medalhas do vice-campeonato: temporada para entrar para a história
Foto: Carlos Insaurriaga/Assesoria GEB
O desafio de agora é o mesmo observado no final do Gauchão: manter o técnico Rogério Zimmermann e a base da equipe. Montanelli declarou que a permanência do treinador não se trata de uma questão financeira, mas de projeto para o futuro. “Não tenho dúvida de que o Rogério continua se houver um projeto que permita que o clube continue crescendo”, disse.
Uma das necessidades de avanço está diretamente relacionada com a questão financeira do clube. O próprio Zimmermann se referiu a isso no final do jogo de domingo em Muriaé. É a necessidade de resolver o permanente atraso no pagamento dos salários. Um problema que até agora não se refletiu dentro de campo.
Montanelli fica ou sai?
Cláudio Montanelli já adiantou semanas atrás que deixaria o comando do futebol do Brasil no final da temporada. Ontem, ele não quis confirmar a decisão. “Primeiro quero conversar com o presidente (Ricardo Fonseca) e o presidente do Conselho Deliberativo (Adriano de León) para depois anunciar o que será feito”, afirmou. Montanelli está no cargo desde julho de 2012 – meses depois da contratação de Rogério Zimmermann. Ele estava ausente da diretoria do clube há vários anos, depois de ter sido presidente em 1995/1996 e 1998/1999.
