Sete de Abril em sete anos : Obras de restauração do histórico prédio que se encontra fechado desde 2010 deverão se arrastar, no mínimo, até o fim de 2016
Restauro e paciência teatral
Tempo total entre a troca da cobertura e restauração completa do prédio histórico poderá chegar aos sete anos
Na melhor das hipóteses, o Theatro Sete de Abril será entregue de fato à comunidade no final do ano 2016 ou inicio do ano 2017. Considerando todos os trâmites burocráticos que envolverão a nova etapa da sua restauração, as autoridades municipais acreditam que a obra seja concluída até o final do próximo ano. No momento, a equipe técnica da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) trabalha na elaboração do projeto de restauração, o qual deverá ficar pronto no mês de maio. A próxima etapa é quase tão complicada quando o trabalho de restauração: é quando entram em campo as “forças” externas. Ou seja: é hora de contratar via licitação a empresa que será responsável pelo serviço. A restauração vai ocorrer com recursos do governo federal através do PAC Cidades Históricas.
Caso o processo licitatório transcorra de forma normal, sem recursos, é provável que a execução da obra comece ainda este ano. É pelo que torcem os técnicos da Secult.
COBERTURA – Desde agosto do ano passado, o histórico prédio – que em dezembro completou 181 anos – já está com sua cobertura totalmente restaurada. A obra de revitalização do Theatro teve de ser iniciada pela cobertura em função dos riscos que apresentava quando da sua interdição pelo Ministério Público Federal, em abril de 2010.
THEATRO Sete de Abril é o mais antigo do RS
PREFEITO Eduardo Leite e vice, Paula Mascarenhas em visita às obras de troca da cobertura
O QUE SERÁ FEITO?
Em princípio, o projeto de restauração das demais áreas vai beneficiar a infraestrutura completa do imóvel, incluindo acessibilidade, acomodações, prevenção de incêndio, climatização, paredes, assoalhos, banheiros, camarins, palco, caixa cênica, pinturas – interna e externa -, camarotes, instalações elétricas e outros benefícios qualitativos. O valor da obra está estimado em R$ 6 milhões.
A arquiteta Paulina Van Laer, que trabalha no projeto da restauração é otimista em relação ao tempo para entrega do prédio totalmente restaurado.
“A elaboração do projeto está quase concluída. A etapa seguinte é que pode demandar mais tempo em função do trâmite da licitação, mas a gente espera que não haja nenhum entrave burocrático que aumente o tempo de conclusão da obra”, observa.
A professora aposentada, Marli Mendes, torce para que o prazo não seja “esticado” em demasia.
“Ano que vem, no mês de dezembro, eu completo 85 anos e gostaria muito de estar presente na reabertura do Sete de Abril, local no qual tive o privilégio de frequentar por mais de 60 anos. Agora, esperamos que a obra não se arraste muito, como é de praxe em obras públicas”, pondera.
