REVOLTA : Zimmermann: “É perseguição”
O técnico Rogério Zimmermann acusou estar sendo perseguido pela arbitragem gaúcha, depois do jogo de sábado, em Caxias do Sul – vitória do Brasil por 1 a 0 contra o Caxias. Já o vice de futebol, Cláudio Montanelli, mostrava um corte no lábio causado por uma pedra arremessada da arquibancada.
A vitória na estreia no Gauchão foi o que menos se falou nas entrevistas ao final do jogo no Centenário. Zimmermann sequer quis tocar nas questões do jogo. Ele fez apenas um pronunciamento contra a arbitragem de Leandro Vuanden. São quatro motivos para a revolta: sua expulsão, o cartão vermelho para Márcio Hahn, os oito minutos de acréscimo ao final da partida e a escalação dos mesmos auxiliares da partida contra o Grêmio, ano passado, na Arena.
“Isso é perseguição”, acusou Zimmermann. “O Vuaden me expulsou porque teria vazado alguma coisa (reclamação) no áudio da televisão. Então, ele que sente lá na cabine e apite o jogo pela televisão”, disse. “Sou um profissional com serviço prestado ao futebol gaúcho, não posso se tratado como moleque”, desabafou o treinador.
Rogério Zimmermann negou que tenha reclamado da arbitragem. “Eu gesticulei para os meus jogadores da minha área técnica”. O curioso é que o lance se desenvolvia no ataque do Caxias, enquanto o reservado do Brasil ficava no lado oposto (próximo à outra linha de fundo). Vuaden atravessou quase todo o campo para expulsar o treinador. Talvez por conta da orientação da Comissão de Arbitragem, que decidiu adotar “tolerância zero” contra as reclamações dos árbitros.
VERMELHO – A expulsão de Márcio Hahn ocorreu depois de ele ter sido substituído por Nunes. Saiu na maca, porque acusava câimbras, e, ao se levantar do lado de fora do campo, Vuaden lhe apresentou o cartão vermelho. Zimmermann reclamou também a escalação dos auxiliares José Javel Silveira e José Eduardo Cauza, os mesmo que trabalharam no jogo do Brasil com o Grêmio nas semifinais do Gauchão de 2014.
Cauza não deu o toque de mão de Luan, que resultou no segundo gol tricolor, o que determinou a eliminação do Rubro-Negro naquela oportunidade. “Eles trabalharam, esse mesmos bandeirinhas, no último jogo do Brasil no ano passado. E agora são escalados para o primeiro jogo deste ano”, criticou.
Outro motivo de revolta no Centenário envolveu novamente Alex Brasil, gerente de futebol do Caxias – o mesmo que protagonizou a confusão em Londrina na Série D do ano passado, quando trabalhava no clube paranaense. O dirigente é acusado de ter dado origem aos incidentes ao final da partida, quando houve ameaça de briga a “equipe de apoio” do clube caxiense com jogadores e membros da comissão técnica do Brasil.