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POLÍCIA CIVIL : Audiência tratará da nomeação de concursados

09 março
09:23 2015

A Comissão de Segurança e Serviços Públicos, da Assembleia Legislativa, aprovou a realização de uma audiência pública para debater a situação dos aprovados em concurso público para a Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Ao todo, são 650 aprovados no concurso da Polícia Civil, autorizados pelo ex-governador Tarso Genro, em dezembro de 2014, para o curso de formação na Academia de Polícia, mas que foram barrados pelo decreto 52.230/2015 do governo de José Ivo Sartori.

A Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros estão em situação análoga. As duas mil pessoas aprovadas em concurso público para integrar a Brigada e os Bombeiros não serão chamadas para os cursos preparatórios, conforme informou no início do ano o comandante da Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas. Os últimos concursos públicos para essas corporações aprovaram 1,6 mil pessoas para o policiamento ostensivo e 400 para os Bombeiros. As 120 promoções de oficiais previstas para 2015 também devem ser adiadas em função da política de cortes adotada pelo governo do Estado.

SÃO 650 aprovados para a Polícia Civil

SÃO 650 aprovados para a Polícia Civil

Segundo o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), o atraso na nomeação dos concursados, somado ao corte de horas extras e diárias está prejudicando o trabalho dos policiais e colocando em risco a segurança da população. Em 1980, a Polícia Civil contava com um quadro de 6,5 mil policiais e o Rio Grande do Sul tinha 7,5 milhões de habitantes. Hoje, a Polícia possui 5.208 servidores na ativa para atender cerca de 11 milhões de pessoas. São 1.292 policiais civis a menos que há 30 anos. Além disso, 1.300 policiais civis estão aptos a se aposentarem em 2015.

O presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos, deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), manifestou apoio à reivindicação dos concursados da área da segurança. “Acompanho a luta desses grupos. É preciso que o governo se posicione. Entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, mais de 300 policiais civis passaram a ter direito a aposentadoria, esse é apenas um exemplo que reforça a necessidade de recompor imediatamente o efetivo dessas categorias”, disse o parlamentar.

O sindicato dos policiais civis quer que o governador José Ivo Sartori (PMDB) cumpra a promessa que fez no início do governo que serviços essenciais do Estado, como Saúde, Educação e Segurança teriam um tratamento excepcional na política de cortes anunciada pelo governo. Os policiais defendem a revisão do decreto assinado pelo governador que reduziu em pelo menos 40% a autorização de horas extras no trabalho. Isaac Ortiz, presidente da entidade, advertiu que esses cortes já estão prejudicando as investigações e as operações policiais. O corte de horas extras e diárias vai afetar diretamente a prestação do serviço de segurança para a população, alertou.

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