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domingo, 24 de novembro de 2024

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CASARÃO 8 : No patrimônio vindo para o sal, um museu para o doce

CASARÃO 8  : No patrimônio vindo para o sal, um museu para o doce
19 março
09:39 2015

Dos icônicos prédios localizados no entorno da praça Coronel Pedro Osório, como o Grande Hotel, o Theatro Sete de Abril ou a Bibliotheca Pública Pelotense, talvez nenhum dele fale tanto sobre o estilo de vida da aristocracia quanto o Casarão 8.

Construído sob as riquezas obtidas pelo ciclo do sal e do charque, o prédio recentemente restaurado acompanha os casarões vizinhos em estilo construtivo e, talvez, até mesmo no projetista, José Izella Merotti. No entanto, detalhes em sua composição o diferenciam dos demais, tornando-o um dos mais marcantes exemplares no estilo neoclássico brasileiro.

PRÉDIO será sede do Museu do Doce

PRÉDIO será sede do Museu do Doce

Toda essa riqueza arquitetônica esteve, até poucos anos atrás, fechada para os pelotenses e, pior ainda, em um processo avançado de deterioração. Após ter sido deixado pela família, o local foi ocupado pelos militares e pelo Município. Após a desocupação e já nos início do novo século, o Ministério Público pediu uma intervenção, já que a edificação estava prestes a ruir. Por ser tombado em nível nacional, o Casarão 8 teve um restauro emergencial iniciado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que destinaria o prédio como futura sede do Museu do Doce, seja qual fosse o próximo proprietário do prédio.

Assim, aquela casa que seria um dos grandes símbolos da economia do charque e do sal passaria a ser espaço para que um dos grandes patrimônios culturais da Princesa do Sul: os doces. Com a aquisição do espaço pela Universidade Federal de Pelotas em 2009, o IPHAN reforçou a destinação do local para o futuro Museu do Doce. E cumprindo a determinação do Instituto, desde a reabertura da edificação, o local é destinado à organização.

De acordo com a professora do curso de Museologia da UFPel e chefe da Seção de Museus, Acervos e Patrimônio Imaterial da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Nóris Leal, o Casarão 8 é a expressão plena de um novo conceito de patrimônio, o qual indissocia a edificação que abriga o acervo daquilo que é exposto. “O museu surge como função do investimento do restauro do edifício: ambos estão anelados”, afirma. Dessa forma, ela considera a casa como o primeiro acervo do Museu do Doce e, além disso, o acervo museológico de maior valor dentro da UFPel.

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