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domingo, 24 de novembro de 2024

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PESQUISA : Fecomércio diz que consumo das famílias gaúchas recuou 18,5%

30 março
09:32 2015

A Intenção de Consumo das Famílias gaúchas (ICF) fecha o mês de março com redução de 18,5% em relação ao mesmo mês de 2014, aos 102,5 pontos, repercutindo negativamente em seis dos sete componentes que formam o indicador.

Os resultados mostram um aprofundamento da tendência de queda do ICF observada ao longo dos últimos meses, denotando uma percepção praticamente neutra das famílias gaúchas, após um longo período de otimismo.  O dado consta da pesquisa  ICF,  divulgado pela Fecomércio-RS e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra.

O arrefecimento do otimismo das famílias, segundo a avaliação da entidade, está relacionado à deterioração das condições econômicas brasileiras, que tem afetado a vida da população. Entre os fatores que contribuem com maior peso estão inflação elevada – com destaque para os reajustes nos preços da energia elétrica e dos combustíveis -, estagnação da atividade econômica e o ciclo de aumento da taxa de juros. “Além das questões puramente econômicas, também impacta o indicador a crescente exposição de problemas políticos e institucionais envolvendo o governo federal”, afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, referindo-se às investigações do caso Lava Jato, às incompatibilidades com o Congresso Nacional e à organização de manifestações contrárias ao governo.

O indicador que mede a segurança com relação à situação do emprego foi o único que registrou alta no período: 2,9% em relação a março do ano passado, aos 127,3 pontos. De acordo com a pesquisa, o mercado de trabalho ainda apresenta alguma resistência em ser afetado pela estagnação da atividade econômica recente, tendo em vista o baixo nível de taxa de desemprego atual.

A avaliação quanto à situação de renda alcançou 119,0 pontos, um recuo de 10,9% sobre março de 2014. “Apesar de permanecer em patamar otimista, o indicador dá sinais de queda, influenciado especialmente pela percepção em relação à renda real afetada pela inflação”, considerou Bohn.

Os dados relacionados ao consumo atual tiveram um aprofundamento no patamar negativo, ficando em 79,3 pontos, recuo de 29,4% em relação a março de 2014. Embora em nível ainda otimista, o indicador referente à facilidade de acesso ao crédito caiu 15,3% na mesma base de comparação, aos 103,3 pontos; e o referente ao momento para consumo de bens duráveis caiu 36,8%, aos 88,3 pontos, permanecendo na faixa pessimista.

 

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