HOSPITAL ESCOLA : Palestras marcam implementação da dor como quinto sinal vital
Para marcar o lançamento da aferição da dor como quinto sinal vital no Hospital Escola da UFPel, nesta semana foram realizadas duas palestras patrocinadas pela empresa Mundipharma e organizadas pela gerência de Ensino e Pesquisa do HE.
A médica Maria Pilar Estevez Diz falou sobre Dor Oncológica – Consenso SBOC 2014, tendo como público-alvo médicos e estudantes, e a enfermeira Maristela Santos tratou do assunto Dor na Oncologia e Avaliação da dor como quinto sinal vital para as equipes multiprofissionais do HE.
No Brasil a mortalidade mais frequente é causada por doenças cardiovasculares, seguida por câncer. “Cada vez mais vemos casos de câncer, mas há grande redução da mortalidade, e nessa realidade temos de aprender não só a prolongar a existência, mas dar a melhor qualidade de vida para essas pessoas”, disse Maristela. Entendendo a dor como um sinal vital, o paciente terá uma escala para representar o nível do desconforto que está sentindo. “O interesse na dor, para um Oncologista, tem que ser um interesse primário”, comentou Maria.
A superintendente do HE, Julieta Fripp, lembrou que no dia 8 de abril também se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer e que o Hospital Escola é referência na linha de cuidado em oncologia e portanto precisa qualificar o cuidado ao grande numero de usuários que apresentam este diagnóstico e que são atendidos na instituição. “Aferir e tratar dor requer trabalho de equipe integrado, para que o resultado final seja ausência de dor nos nossos pacientes”, completou a diretora.
O Hospital Escola está implantando a aferição da dor como quinto sinal vital através do registro manuscrito e o sistema já disponibilizado pela Tecnologia da Informação (TI) em todos os postos de enfermagem das unidades assistenciais. Temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória são os outros sinais vitais que já estão normatizados.
O sistema online para registrar a escala de dor do paciente, que posteriormente formará gráficos de cada indivíduo, irá recomendar analgesia a partir da evolução deste sinal vital. “É um cuidado significativo que pode ser feito de maneira muito simples pelo novo sistema”, afirmou a gerente de Ensino e Pesquisa, Camila Schwonke.