POLÍCIA CIVIL : Paralisação estadual na terça
Representantes de todo o Estado, deliberaram em reunião do Conselho da UGEIRM (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia), pela paralisação dia 28.
Os cortes na Segurança Pública e as constantes ameaças aos direitos dos servidores, veiculadas pela imprensa, foram o principal debate da reunião que apontou um calendário de mobilização. A primeira ação será uma Paralisação Estadual no dia 28 de abril contra o possível não cumprimento da realização das promoções previstas para 21 de abril, Dia da Polícia Civil. O objetivo é parar e promover atos na frente dos locais de trabalho em todo o estado.
Até o momento, não há confirmação sobre a efetivação do pagamento, o que gera muita ansiedade entre os policiais civis que aguardam a sua promoção. A expectativa da UGEIRM é de que seja mantida a regularidade dos acordos pré-estabelecidos. O presidente Isaac Ortiz destacou que o sindicato está aberto ao diálogo, mas quer que o governo apresente uma data para o cumprimento das promoções.
Além disso, as constantes notícias na imprensa, cogitando cortes de direitos, tem gerado um clima de terrorismo e insegurança na categoria. No dia 6 de abril, por exemplo, o jornal da capital veiculou uma notícia com a possibilidade do Governo do estado adiar os aumentos destinados aos servidores da Segurança Pública, previstos para maio e novembro deste ano. Segundo o jornal, fontes ligadas à cúpula do Palácio Piratini afirmam que uma das hipóteses é abrir a mesa de negociações para tentar reprogramar os benefícios assinados pelo então governador Tarso Genro. Porém, nem o atual secretário da Fazenda, Gioviani Feltes, nem o governador do estado, José Ivo Sartori, comentaram o assunto.
Em entrevista ao jornal, Ortiz declarou que a hipótese de modificação nos pagamentos da categoria é absurda, pois o próprio governador garantiu, durante a campanha eleitoral, que não suspenderia os reajustes. “Não fomos contatados pelos representantes do governo, mas, de antemão, rejeitamos qualquer abertura de negociação que suprima direitos conquistados duramente”. Para Ortiz, a categoria tem urgente necessidade de repactuar com o governo questões como o Estatuto da Polícia Civil ou a recomposição do efetivo. “Para isso estamos abertos”, conclui.
Cortes de horas extras e o contingenciamento na Polícia tem afetado diretamente o trabalho das delegacias e, consequentemente, a vida da população gaúcha. A UGEIRM alerta para o risco de um desmonte da Segurança Pública, gerando ainda mais violência.
A paralisação também será contra qualquer alteração nas regras da aposentadoria dos policiais e pela convocação imediata dos 650 concursados que mantêm um acampamento em frente ao Palácio Piratini desde o dia 30 de março.
A reunião do Conselho no dia 17, contou com a presença do secretário geral da ABAMF, Ricardo Agra, e o presidente da AMAPERGS, Flávio Berneira. Eles foram prestar solidariedade e pretender debater com suas categorias a possibilidade de se somar às mobilizações da Polícia Civil.
POR QUE A POLÍCIA CIVIL VAI PARALISAR?
- – Pela realização das promoções;
- – Pelo cumprimento da tabela de subsídios, com reajustes previstos para maio e novembro deste ano;
- – Contra o atraso nos salários, os cortes de horas extras e o contingenciamento na Segurança Pública;
- – Contra a alteração nas regras da aposentadoria dos policiais;
- – Pela convocação imediata dos 650 concursados;
- – Contra o desmonte da Segurança Pública que causa insegurança à população gaúcha.