Dirigente do CPERS reclama das condições de trabalho em escolas
“Queremos sentar à mesa com o secretário da Educação, com o secretário da Fazenda, com o secretário da Casa Civil e com o Governador. Se não tivermos uma resposta até o dia 8 de maio, o entendimento é de que o governo está se retirando da negociação.”, Mauro Rogério Amaral, dirigente do 24º núcleo do CPERS.
Segundo o diretor-geral do 24º núcleo, este será um ano de muita luta e, assim como em outras categorias, com muitos indicativos de greves e paralisações. As principais bandeiras dos professores estaduais no ano de 2015, de acordo com Mauro, são a luta pela implementação do piso nacional, a reivindicação da aplicação do reajuste imediato de 13,01% aprovado a nível nacional, a defesa do IPE (Instituto de Previdência do Estado) público e contra o “PL das terceirizações”.
Dentre as reclamações que a categoria apresenta, Mauro Amaral destaca também os problemas com as condições de trabalho nas escolas estaduais de Pelotas. Precariedade em termos de infraestrutura, falta de professores e servidores, reformas paradas e turno inverso, são algumas das preocupações da categoria na cidade. O sindicalista encara de forma muito positiva a mobilização dos trabalhadores. “A última paralisação teve uma resposta muito boa dos trabalhadores. Todas as grandes escolas pararam, apenas sete escolas pequenas (que tradicionalmente não aderem) mantiveram as atividades.”, comemora Amaral.
“O PL das terceirizações” é também uma das pautas prioritárias para o sindicato. O dirigente teme que o projeto abra uma brecha até mesmo para uma terceirização dos professores. Dentre as situações de precariedade, aponta que os terceirizados ganham 24% a menos do que os trabalhadores ligados diretamente às empresas, que de cada dez acidentes de trabalho, oito envolvem trabalhadores terceirizados, que a questão do vínculo empregatício não define a quem ficam os encargos trabalhistas e que até mesmo a filiação sindical ficará confusa, “afinal, a que sindicato pertencerão os terceirizados?”, pergunta o sindicalista.