Manifestação pede repasses aos hospitais
Ao som de “me cansei de lero-lero” da música Saúde de Rita Lee, manifestantes ocuparam a Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, para reivindicar os repasses que estão em atraso aos hospitais filantrópicos do Estado. A cidade de Pelotas esteve representada por vereadores e diretores/funcionários da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Espírita, Beneficência Portuguesa e Hospital Universitário São Francisco de Paula. Vereadores de Canguçu e Piratini também se fizeram presentes.
A dívida do Estado junto aos hospitais filantrópicos se encontra na marca de R$ 230 milhões. Durante todo o governo Sartori, nenhuma das quatro parcelas referentes aos ano de 2015 foram repassadas. Somados, os hospitais de Pelotas são credores de R$ 8,7 milhões desta quantia.
“O que estamos vivendo nesse momento é um retrocesso. Temos novos recursos à disposição, tais como: R$ 1 bilhão de ICMS com o aumento do preço da energia; R$ 1 bilhão de ICMS da ação da PGE e R$ 140 milhões da retomada da CIDE no combustível. O governador Sartori não pode dizer que não tem dinheiro para a Saúde”, disse a deputada Miriam Marroni (PT) durante seu discurso aos manifestantes em frente ao Piratini.
A estimativa dos organizadores é de que aproximadamente 4 mil pessoas estiveram na manifestação, que contou com a participação de deputados e diretores dos principais hospitais do Rio Grande do Sul. A Zona Sul do Estado levou a Porto Alegre cerca de 50 pessoas.
Prefeituras e hospitais recebem mais R$ 93 milhões
O governo do Estado efetuou, nesta quarta-feira (13), o pagamento de R$ 93 milhões a hospitais filantrópicos e públicos, e a prefeituras que desenvolvem programas vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os hospitais receberam um total de R$ 70,1 milhões, referente à produção de serviços (internações hospitalares e atendimento ambulatorial). Do valor integral da Média e Alta Complexidade (MAC), o Ministério da Saúde enviou R$ 56,1 milhões, e o Estado complementou com recursos do Tesouro os R$ 14 milhões restantes.
Já as prefeituras receberam o total de R$ 22,9 milhões, que foram transferidos aos Fundos Municipais de Saúde como incentivos referentes aos seguintes programas: manutenção de bases do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), bases de Regulação, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), laboratórios regionais de próteses dentárias, equipes de Saúde Prisional, Primeira Infância Melhor (PIM) e Estratégia de Saúde da Família (ESF), Farmácia Básica, Oficinas Terapêuticas, Núcleos de Apoio à Atenção Básica, Redução de Danos e Atenção a Pessoas com Deficiência.