Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

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FCDL-RS espera que Sartori não promova elevação dos impostos

02 junho
09:23 2015

As propostas que o Governo do Estado irá encaminhar para a Assembleia Legislativa nos próximos dias, especialmente na questão relativa às medidas econômicas e fiscais, são vistas com cautela pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS. O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, aponta que medidas que promovam a elevação de taxas e imposto para ampliar a arrecadação não serão bem recebidas pelo empresariado gaúcho.

– Entendemos que o problema financeiro do Estado não está relacionado a receita. Existem estudos que mostram o aumento real de 127% na arrecadação de ICMS nos últimos 17 anos, descontada a inflação. Isso representa um crescimento de 25% da receita tributária acima do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul – comenta.

Para o presidente da FCDL-RS, aumentar a alíquota do ICMS não é uma solução para a situação financeira ruim do Estado. Koch entende que uma elevação percentual pequena não faria diferença para cobrir o déficit estadual.

– O aumento para cobrir o déficit previsto de cerca de R$ 5 bilhões em 2015 teria que chegar a casa dos 31%, o que é totalmente impensável para o empresariado gaúcho, que já possui uma parcela significativa de sua receita comprometida com a elevada carga tributária existente. O setor produtivo está com sua capacidade contributiva esgotada. Por isso, aumentar tributos simplesmente inibe a produção e o comércio – enfatiza. Vitor Augusto Koch lembra que o problema do déficit estadual é algo que vem se acumulando ao longo dos últimos 40 anos e envolve uma série de fatores, como o elevado impacto do pagamento dos benefícios previdenciários aos servidores estaduais aposentados, a alta incidência dos salários sobre a receita própria e a dívida com a União.

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