Sondagem Industrial aponta queda no emprego
A Sondagem Industrial do RS de maio, realizada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), indicou que os empresários descrevem um cenário muito adverso para os negócios, com novas reduções na produção e no emprego, e sem perspectiva de melhora no curto prazo. Com todos os indicadores de atividade abaixo dos 50 pontos, a pesquisa revelou queda na produção (41,7 pontos) e no emprego (41,5 pontos), na comparação com abril. No mesmo sentido, a Utilização da Capacidade Instalada usual fechou em 35,0 pontos, mostrando grande ociosidade nos parques fabris.
Sem reação da demanda, a indústria no Estado continua acumulando estoques indesejados, ainda que eles tenham diminuído em razão da menor produção, passando de 55,1 pontos, em abril, para 53,1 pontos, em maio. “No final de 2014 todos sabiam que este ano seria difícil, mas muitas indústrias foram surpreendidas com a intensidade da recessão. A acumulação de estoques acima do previsto foi consequência desse cenário, o que tem contribuído para a diminuição da atividade.”, afirmou o presidente FIERGS, Heitor José Müller.
Os empresários gaúchos avaliaram também que as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial permanecerão nos próximos seis meses. Nesse cenário, as indústrias pretendem reduzir as compras de insumos e matérias-primas (44,7 pontos) e a intenção de investir é cada vez menor (42,7 pontos). A pesquisa registrou pessimismo para a demanda (47,9 pontos), o emprego (41,6 pontos) e às exportações (49,6 pontos).
Desenvolvida mensalmente pela FIERGS, a Sondagem Industrial RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos. No caso da intenção de investir, quanto maior o índice, maior a propensão da indústria.