Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

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MOSCA-DAS-FRUTAS : Sistema de alerta auxilia produtores de pêssego

25 agosto
09:50 2015

Reiniciou quinta-feira, a divulgação das informações sobre cuidados para o controle de pragas e doenças na cultura do pessegueiro na região de Pelotas para safra 2015/2016.

O trabalho chamado de Sistema de Alerta da Mosca-das-Frutas, inclui, entre várias ações, a realização de um boletim informativo, que neste ano, será totalmente digital. Todas as quintas-feiras serão disponibilizados dados via portal, facebook e mensagens direcionadas a públicos específicos como técnicos da extensão, sindicatos e indústrias.

MONITORAMENTO em estações e elaboração de iscas tóxicas completa cinco anos

MONITORAMENTO em estações e elaboração de iscas tóxicas completa cinco anos

O Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas chega ao seu quinto ano e as estratégias a cada ano vem sendo aprimoradas pela inclusão de novas estações de monitoramento, o envolvimento de mais profissionais e a manutenção de serviços disponibilizados pela pesquisa, ensino e extensão. O Sistema conta para safra 2015/2016 com:

  • – 11 estações de monitoramento (Pelotas, Morro Redondo e Canguçu);
  • – 01 central de processamento de dados de coleta de insetos (Lab. de Entomologia/Embrapa);
  • – 01 central de análise de dados climáticos (Lab. de Agroclimatologia/Embrapa);
  • – 02 técnicos para ronda semanal de monitoramento de insetos;
  • – 03 associações e sindicatos participantes;
  • – 13 indústrias envolvidas.

SITUAÇÃO ATUAL DOS POMARES

Segundo o pesquisador da Embrapa Dori Edson Nava, um dos responsáveis pelo programa, a população de mosca-das-frutas até o momento é considerada baixa, embora com temperaturas muito mais altas, se comparada ao ano anterior.  ” É importante observar que outros fatores podem ter desfavorecido o desenvolvimento do inseto. Como por exemplo: um controle mais rígido na safra 2014/2015; a falta de frutificação de hospedeiros (frutas silvestres) de outono-inverno e maior umidade do solo ao favorecer o aparecimento de agentes de controle biológico na fase de pupa do inseto”, relatou.

Para o pesquisador o agricultor deve levar a sério o monitoramento e o uso de aplicação de iscas tóxicas a partir da constatação da primeira mosca nas armadilhas. “Além das marcas de proteínas comercializadas na safra passada para elaboração de iscas tóxicas, surgiram opções de utilização de novos produtos como o Anamed  e o Ceratrap”, contou.

Embora as temperaturas estejam mais elevadas, conforme o pesquisador José Francisco Pereira, as expectativas são de resultados de uma safra semelhante a de 2014. Quanto ao ciclo de maturação é possível uma antecipação de oferta do produto. “Houve uma concentração no processo de floração das diferentes cultivares de pessegueiro, isso vai se refletir no período da colheita. Ou seja, significa que a safra será mais curta, em período de duração, mas em produtividade de frutos (kilos), deve alcançar os mesmos números do ano anterior”, considerou. Sobre a apresentação dos frutos, o pesquisador diz que se o agricultor fizer bem feito a poda verde, o raleio, a adubação e a irrigação não haverá comprometimento no tamanho e outras características de qualidade do pêssego.

A safra de 2014/2015 chegou a 35 milhões de latas.

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