Parcelamento: Polícia Civil está paralisada
Começou à zero hora de ontem, a paralisação de quatro dias da Polícia Civil do RS. Conforme previsto, no final de semana foi creditado o valor de R$ 600,00 nas contas dos Servidores Públicos do Estado. Como havia sido deliberado, a única resposta possível é essa: paralisação de quatro dias e intensificação da mobilização. A ideia das entidades sindicais é que os policiais militares se mantenham aquartelados hoje.
Segundo foi apurado, a Polícia Civil teve 100% de adesão. Por todo o Estado aconteceram Atos Unificados, demonstrando a união dos servidores contra os ataques do Governo Sartori.
Para o presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (UGEIRM), Isaac Ortiz, “os servidores já mostraram a sua força neste primeiro dia de paralisação. Porém é fundamental mantermos a mesma força e mobilização nos próximos dias. Vamos mostrar ao governo Sartori que não vamos aceitar o parcelamento dos salários”
Em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem, o Governador Sartori anunciou o que os policiais já tinham confirmado em suas contas correntes: R$ 600,00 de pagamento pelos serviços prestados à população gaúcha. Na mesma entrevista, o governador anunciou o calendário de pagamento dos salários do mês de agosto. Serão mais R$ 800 até o dia 11 de setembro, no dia 15 será paga a quantia de mais R$1.400 e para quem ganha acima de R$ 2.800, o salário só será complementado até o dia 22.
Na quinta-feira, os servidores estarão na Assembleia Legislativa para acompanhar a Audiência Pública que discutirá o PLC206. A Audiência acontecerá às 11h. O PLC206 é o projeto que institui uma nova lei de responsabilidade fiscal. A sua aprovação significará um duro ataque aos direitos dos servidores, com a impossibilidade de reajustes salariais e novas contratações. Para os policiais significará a possibilidade de não implementação da nova Tabela de Subsídios, a não contratação dos policiais aprovados no último concurso e o não pagamento de horas extras.