ÀS ONZE HORAS : Brasil mostra insatisfação
O Brasil está insatisfeito com a sequência de jogos no horário das 11h. A partida deste sábado, diante do Madureira, no Aniceto Moscoso, no Rio de Janeiro, será a terceira seguida a ser disputada pelo time na virada do meio-dia. Ao longo do Campeonato Brasileiro da Série C, o Rubro-Negro vai para o quinto jogo nesse horário pouco habitual.
“Quando não tem transmissão pela televisão, chega a ser desumano colocar os jogadores a correrem ao meio-dia”, protesta o vice-presidente de futebol, Cláudio Montanelli. Ele tolera o horário das 11h, quando o jogo é transmitido pela tevê, “porque isso faz parte da contrapartida pelo subsídio que a CBF dá aos clubes para as viagens”. Mas dos cinco jogos do Brasil nesse horário, os dois contra o Londrina foram os únicos marcados para as 11h por causa da televisão.
A partida de domingo diante do Tombense, no Beira-Rio, teve também um motivo plausível: havia outra partida em Porto Alegre (Grêmio x Goiás) no período da tarde. O Guaratinguetá é quem mais jogou neste horário das 11h, porque é preferência mandar seus jogos no final da manhã dos sábados. São oito partidas nesse horário. Depois aparece o Londrina com seis jogos. O Tupi e a Portuguesa já jogaram quatro vezes às 11h.
“É claro que eu preferia que o Brasil estivesse jogando no horário de costume, sem enfrentar o calor escaldante como o de Londrina”, diz Montanelli. O dirigente lembra que um jogo às 11h muda toda a rotina de treinamentos e influencia até no horário de alimentação dos jogadores durante a semana.
“O futebol vai levando o clube”
No ano passado quando o Brasil buscava vaga a Série C do Brasileiro, o vice de futebol, Cláudio Montanelli, ressaltava que o clube estava para conseguir o melhor calendário de sua história. Ele continua pensando da mesma forma, mas lamenta que a temporada de 2015 tenha trazido imprevistos, impossibilitando que o Xavante desfrutasse de um ano especial.
“Tudo começou naquele jogo aqui com o Flamengo. Ficamos sem estádio, tivemos que jogar várias partidas fora do Bento Freitas e até da cidade, e temos lutado muito para liberar aquela arquibancada provisória. Talvez, conseguiremos liberar para o jogo com o Guarani, mas é o último jogo da primeira fase. Tomara que tenhamos um mata-mata mais adiante, mas isso não é garantido”, afirma.
Sem um estádio à altura do calendário conseguido dentro de campo, Montanelli não tem dúvida: “Os clubes é que tem um time de futebol, mas no Brasil é diferente: é o futebol que está levando o clube”.