ASSOCIAÇÃO HIP HOP : Casa para projetos sociais e ações solidárias
Por Carlos Cogoy
Em Diadema no interior de São Paulo, a Casa do Hip Hop é pioneira no País e está oficialmente em atividade desde 1999. No Estado, a primeira Casa do Hip Hop começou a funcionar em Esteio ano passado. Pelotas poderá ser a segunda cidade gaúcha com espaço digno para oficinas, palestras e ações sociais do Hip Hop. Criada em 2012, a Associação Hip Hop Pelotas assegurou recursos na votação popular do governo gaúcho ano passado.
Os jovens e lideranças de diferentes bairros, foram votar e houve a conquista de R$50 mil para locação de prédio. Mas, com a mudança de gestão no Palácio Piratini, não há previsão para a liberação da quantia. Para divulgar à comunidade sobre a necessidade de definição, sensibilizando acerca do quanto o espaço poderá contribuir com ações solidárias, domingo houve mobilização na esquina das ruas Benjamin Constant e Álvaro Chaves.
COLETIVO – Representantes da Associação Hip Hop foram até o local, realizaram limpeza e documentaram a precariedade das instalações. Construído em 1940 pelo Ministério da Marinha, o prédio abrigou a Capitania dos Portos. Fechado desde 2007, chegou a abrigar lar de idosos. No domingo, bandeira do Hip Hop foi colocada no local e houve coleta de assinaturas junto a vizinhos, transeuntes e lideranças que se solidarizaram com a ocupação.
RETIRADA – À tarde e noite, policiais militares acompanharam procurador do proprietário e houve a saída do local. Nas negociações, tensão e argumentações quanto à documentação. O que foi averiguado é que, ao invés de um imóvel, são dois: Álvaro Chaves 87 e Benjamin Constant 1.327. O primeiro, conforme verificado na Prefeitura ontem, é da União. O segundo teria sido cedido pela Marinha em 2008, em troca de terreno em Rio Grande. Desabitados, favorecem a criminalidade no local. A Associação está juridicamente aferindo qual a real situação dos imóveis.