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SEM ACORDO : Bancários rejeitam nova proposta da Fenaban e decidem manter greve

SEM ACORDO : Bancários rejeitam nova proposta da Fenaban e decidem manter greve
22 outubro
09:21 2015

Os bancários rejeitaram na terça-feira a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7,5% de reajuste e retirada do abono, após reunião realizada para negociar o fim da greve, no Hotel Maksoud Plaza, capital paulista.

Os bancários estão em greve há 17 dias. Na segunda-feira, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (‎Contraf-CUT), 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal.

Eles reivindicam reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação, mais 5,7% de aumento real, participação nos lucros e resultado (PLR), equivalente a três salários mínimos, mais R$ 7.246,82, melhores condições de trabalho e fim das demissões, entre outros.

“O desrespeito dos bancos continua. Hoje, a greve completa 17 dias, sem avanço até o momento. Queremos discutir um reajuste digno do esforço dos bancários e correlato aos ganhos reais dos bancos. Não podemos aceitar perda salarial”, disse, em nota, Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Os bancos apresentaram uma proposta que reduz ainda mais os salários. Reiteramos nossa disponibilidade de negociar nova proposta. Por enquanto, a orientação é manter a greve forte. A negociação será retomada amanhã às 11h”, informou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT e também coordenador do Comando Nacional.

Greve dos bancários prejudica o varejo gaúcho

A greve dos bancários completa dezessete dias hoje e os efeitos negativos estão sendo sentidos no varejo do Estado. Caixas eletrônicos já estão sem dinheiro, existem muitas filas para qualquer transação bancária, e os lojistas já sentem queda no movimento e vendas. De acordo com o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, Vilson Noer a queda no movimento já foi sentida, mesmo ainda não podendo ser contabilizada  em números.

Balanço divulgado pelo Contraf informa que o número de agências fechadas no país subiu para 12.496, além de 44 centros administrativos.

De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país.

“A greve tem como consequência a redução do volume de dinheiro em espécie em circulação, o que acaba diminuindo o movimento no varejo. Afinal, conseguir mais dinheiro “vivo” significa enfrentar as filas dos caixas eletrônicos, sobrecarregados pela greve. Muita gente acaba, também, adiando suas compras, já que as pessoas não estão tranquilas em relação a recebimentos. Bancos e bancários deveriam se preocupar também com as necessidades da população”, criticou Noer.

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