SETE AO ENTARDECER : Sonoridade da viola na Fábrica Cultural
Nesta segunda-feira às 19h, músico Valdir Verona será a atração no projeto Sete ao Entardecer na Fábrica Cultural – Félix 952
Por Carlos Cogoy
Ao final de julho ele esteve apresentando show na cidade. O violeiro caxiense Valdir Verona tocou no Sindicato da Alimentação, participando de edição do “Dandô Circuito de Música Dércio Marques”. Nesta segunda, nova apresentação, e o local será a Fábrica Cultural. Verona participará do Sete ao Entardecer, projeto coordenado pela equipe do Theatro Sete de Abril. Como de praxe, show com entrada franca.
Valdir Verona apresentará som de viola com sotaque gaúcho
RITMOS – À editora de cultura do DM, Verona mencionou sobre a formação e trajetória artística: “O início foi com um violão de meu irmão, como autodidata ainda na infância. Nasci no distrito de Vila Oliva, interior de Caxias do Sul, então mais próximo de Canela e Gramado do que da sede do município. Ali observava os tocadores locais. Após oito anos como autodidata, fiz aulas particulares de teoria musical, solfejo, violão erudito, harmonia e improvisação. Não tenho graduação em música, mas considero de fundamental importância algumas oficinas que participei em Curitiba. Principalmente em 1998, com o mestre Roberto Corrêa sobre a viola de dez cordas. O aprendizado mudou o rumo do meu trabalho. Nos anos noventa integrei alguns grupos, como o Rimas e Cordas, Instrumental Dialogando e Acordes ao Vento. Mais recentemente, o Ária Trio. Há 25 anos, trabalho exclusivamente com música, tendo atuado em várias frentes: aulas, apresentações, gravações e também algumas produções. Participei de diversos festivais, e destaco o ‘Voa Viola’ de 2010. O Duo de Viola e Acordeon, foi selecionado entre os trabalhos mais representativos do cenário da viola brasileira naquele momento. Merece destaque também o 8º Brasil Instrumental de Tatuí em São Paulo no ano de 2008. As principais premiações são os Prêmios Excelência da Viola Caipira em 2011 e 2013. Respectivamente em Belo Horizonte e São Paulo”.
SONORIDADE – Acerca da sonoridade, Verona acrescenta: “Tenho composto e, na medida do possível, procuro escrever para a viola com ritmos do sul. Com o trabalho tenho conseguido atingir o cenário nacional. Quanto às parcerias, tenho várias, principalmente em gravações. No DVD do Duo de viola e Acordeon, foi com o Yamandu, em CDs tenho parcerias com o violeiro Levi Ramiro de São Paulo, e a percussionista Rosa Amélia de Minas. Com essa formação, participamos de programa com o Rolando Boldrin na TV Cultura. No CD ‘Na Estrada’ de 2013 são várias, desde músicos da minha cidade, do Estado, de Minas Gerais e do Mato Grosso. Em 2012, toquei no Fórum Econômico Mundial em Davos na Suíça. O Brasil foi homenageado no evento. E na Feira Internacional do Livro em Bogotá, que teve o Brasil como convidado de honra. Em 2016, dez anos do duo Viola e Acordeon, parceria com Rafael De Boni. A proposta é música do sul com linguagem contemporânea. Considero-me violeiro, não procuro seguir uma linha específica. O foco principal é a música do sul, abrangendo também ritmos dos países vizinhos”.
DISCOGRAFIA: “Acordes ao Vento” Estúdio Master (Santa Maria 1995); “Tons da Terra” Gravadora Acit (2000); Álbum de partituras com CD encartado “14 Estudos Progressivos – Violão Campeiro” (02); Livro com CD encartado “Gêneros Musicais Campeiros no Rio Grande do Sul – Ensaio Dirigido ao Violão” (06); “Encontro das Águas” (07) Duo de Viola e Acordeon em parceria com Rafael De Boni; “Ad Libitum” com o Ária Trio (09); “Uma Viola ao Sul” (10); “Na Estrada” (13); “Duo de Viola e Acordeon – Valdir Verona e Rafael De Boni” (14); DVD “Duo de Viola e Acordeon–Valdir Verona e Rafael De Boni – part. Yamandu Costa” (14); Coletânea: “Viola Brasileira em Concerto” (11); DVD O “Tropeiro da Música Gaúcha” do acordeonista Adelar Bertussi.
