TERÇA COM MÚSICA : MPB, rock e samba no pátio do Mercado
Nesta terça-feira às 18h no pátio do Mercado Público, cantora Nathália Röpke será a atração em show gratuito
Por Carlos Cogoy
Ela tem escrito letras, mas as músicas ainda estão sendo lapidadas. Aos 21 anos, a cantora Nathália Röpke ainda elabora repertório próprio. Mas, se a criação autoral ainda está no começo, a trajetória artística já tem quase dez anos. A primeira apresentação aconteceu aos doze anos. Autodidata no violão, ela já se apresentou em locais como o Bar da Lua, O Escritório, Bud Bar, Dom da Palavra, João Gilberto, Matinho, Amor Amora, Mosa. No Mercado Del Puerto, ou no Boteko’s Bar e República Bar em Piratini, músicas nativistas e também folclore argentino. Eclética, conta que adapta o repertório – show pode durar entre duas e três horas -, conforme o ambiente e a participação do público. Para o show desta terça ao entardecer, covers da MPB, rock, música “black” e também a batida do samba. E Nathália será acompanhada pela banda: Eduardo chaves (violão e guitarra); Dhyan F. Diano (bateria); Davi Mesquita “Batuka” (percussão); Fernando Silva (baixo). A realização é da Banca 42. Apoio: Doçaria Fran’s; O Mundo Dos Vinhos e Chopp Do Mercado.
APRENDIZ – Nathália observa sobre o início da relação com a música: “Meu interesse não só pela música, mas pelas artes em geral, surgiu desde muito nova por ter sido criada num ambiente onde todos vivem e amam arte. Meus pais contam que, quando eu era pequena, colocavam disco no antigo toca-discos para que eu sempre dormisse escutando música. E, quando eu tinha um tempinho, ia para a volta do som ouvir aqueles vinis do meu pai. Ali tinha muito Chico Buarque, Novos Baianos, Caetano Veloso, Pink Floyd, Janis Joplin, entre outros. Com onze anos ganhei meu primeiro violão, e aprendi a tocar sozinha. Apenas seguia os passos listados em revistas antigas, que orientavam sobre teorias e práticas musicais. Como já cantava, tocar um instrumento só fez com que melhorasse e compreendesse um pouco mais meu canto. O incentivo dos meus pais é muito importante, posso dizer que eles ficam ainda mais entusiasmados que eu a cada apresentação, levam todos os amigos para assistir sempre que podem. É maravilhoso!”.
PALCO – A jovem cantora menciona sobre a primeira apresentação: “Sou autodidata tanto no canto quanto no violão. Logo que ganhei meu primeiro violão e já estava dominando um pouco dos acordes e ritmos, lá pelos onze ou doze anos de idade, fui num barzinho e quem estava tocando era a Daniela Brizolara. Nós fomos para vê-la cantar, e a considero como amiga que me incentivou. Então, durante o show, ela me chamou para dar uma ‘palhinha’. Eu nunca havia tocado em público, e o bar estava cheio. Aquela foi a primeira vez que me vi tocando na noite. Depois disso, tomei coragem para sair tocando desde muito nova”.
CRESCIMENTO – Nathália estuda nutrição e salienta que a área da saúde também despertou seu interesse há bom tempo. Em relação à arte, identifica que tem se aprimorado: “Constato grande evolução no meu modo de interpretar as músicas, e o aumento de conhecimento artístico, isso é algo bem marcante. Passei a ouvir artistas que surgiram há pouco como Criolo, Tiê, Tulipa Ruiz e outros, mas nunca deixando o ótimo Chico, Caetano, Novos Baianos, Di Melo. Estou sempre procurando coisas novas, ou até mais antigas que ainda não conheço muito. Gosto de todos os gêneros musicais, acredito que cada um tem sua proposta e sua beleza pelo modo de ser tocado e interpretado. Acredito que o bom músico deve ter a mente aberta a todo o tipo de novidade, variados estilos musicais e, não só ouvir, como estudá-los”.
GRAVAÇÃO está entre as metas para 2016. Sobre a arte ela afirma: “A música para mim é onde posso me expressar da maneira que quero, transmitindo ao público, minhas opiniões e sentimentos do jeito mais sincero possível”.