Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

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HIP HOP : Coletivo “InRua” será transformado em Ong

23 dezembro
09:16 2015

Por Carlos Cogoy

Sem perder a espontaneidade, mas aprimorando as perspectivas do improviso criativo. O encontro “InRua”, que semanalmente reúne jovens em frente ao Theatro Sete de Abril, prosseguirá como espaço que instiga a arte e cultura, mas terá nova etapa. Os rappers e MCs estão empenhados na criação de Organização Não-governamental (ONG). Trata-se do Coletivo InRua, e uma das prioridades é a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Com a formalidade, possibilidade de novas parcerias, participação em editais na área cultural, bem como projetos para leis de incentivo.

BATALHA de rimas na esplanada do Theatro Sete de Abril. A última do ano ocorreu no sábado à tarde. Dezesseis MCs participaram, e também houve shows dos grupos Geração Charme e Pensamento Consciente. Entre as atividades, oficina de stêncil com Max William. De acordo com Josemar Will, foram arrecadados duzentos brinquedos. As doações serão entregues na festa de Natal que acontecerá na sede da Xavabanda.

CNPJ implica em custo. Daí os jovens definiram estratégias para reunir verba. Em janeiro e fevereiro, acontecerão edições nos balneários Valverde e Prazeres, bem como nos municípios do Capão do Leão e Pinheiro Machado. Will acrescenta que o rapper Mano Rick, a 16 de janeiro, estará representando o “InRua” em Criciúma. Ele participará da “Batalha dos Mil”, cuja premiação será de mil reais.

RESGATE – Will salienta que o “InRua” representa resgate. Com base na sua própria experiência – superou a dependência do “crack” -, conta que ao improvisar rimas e participar das “batalhas”, reencontrou sua autoestima. Ele afirma que o projeto é alternativa ao adolescente, evitando a adesão ao crime.

TRAJETÓRIA do “InRua” chega aos oito anos. No início, itinerante, alternando espaços como o Porto e imediações da UCPel. Posteriormente, etapa junto ao chafariz na praça central. Até que houve a definição pela esplanada do Theatro Sete de Abril. Encontros começam ao entardecer das sextas-feiras. Em 2013, sem a parceria com a então gestão do DCE/UFPel, o projeto quase desapareceu. No ano seguinte, porém, revitalizou-se e está consolidado.

Dezesseis MCs participaram da última “batalha” de rimas neste ano

Dezesseis MCs participaram da última “batalha” de rimas neste ano

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