OUTRA VEZ : Produção, domínio e empate
Brasil repete roteiro neste começo do Gauchão ao empatar por 1 a 1 com o Glória em Vacaria. É o 10º na classificação
De novo, o Brasil teve produção, chances de gol e não venceu. Com aproveitamento de 25% nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Gaúcho, o time rubro-negro segue numa zona desconfortável na tabela de classificação do Campeonato Gaúcho. É o 10º colocado. O terceiro empate seguido ocorreu no sábado ao ficar no 1 a 1 com o Glória, no Estádio Altos da Glória, em Vacaria.
O histórico do jogo na Serra foi semelhante ao de quarta-feira no Bento Freitas, quando o Brasil empatou com o Ypiranga. A equipe xavante teve superioridade técnica em relação ao adversário, saiu na frente e poderia ter “liquidado” o jogo quando estava em vantagem. Mas errou nas finalizações e permitiu a reação do adversário. O Glória fez seu primeiro jogo em casa na temporada.
Depois dos minutos iniciais de empolgação do adversário, o Brasil passou a dominar a partida. Aos sete minutos, Ramón arriscou um chute de longe e deu um susto em Rafael Roballo. Em seguida, Alisson e Roballo se atrapalham e Nena não conseguiu dominar a bola para fazer o gol. Aos 20, Felipe Garcia recebeu o passe de Diogo Oliveira e chutou forte. A bola passou perto da trave. A primeira conclusão do Glória a gol ocorreu, aos 33, num chute de longe de Márcio Goiano, que Martini rebateu com o peito.
PENALTIS – O gol do Brasil saiu numa cobrança de pênalti – sofrido por Nena numa disputa aérea com Alisson. O centroavante bateu e fez 1 a 0. Nena poderia ter ampliado a vantagem, aos 43, quando cabeceou a bola para fora – livre na área -, após cruzamento de Xaro. Outra chance clara de gol foi desperdiçada no começo do segundo tempo, com Ramón, ao receber assistência maravilhosa de Diogo Oliveira.
O Glória passou a atacar mais na reta final da partida. Aos 32, Teco fez pênalti em Cleiton. Paulista cobrou e determinou o empate.
Zimmermann destaca “ponto somado”
O técnico Rogério Zimmermann disse, ao final do jogo em Vacaria, que o Brasil “somou um ponto”, valorizando o empate fora de casa. “O Brasil somou um ponto, o que lamentamos foi não vencer em casa, o jogo com o Ypiranga”, avaliou. Essa partida diante do time de Erechim é a única que foge do conceito de normalidade na avaliação xavante da campanha neste começo de campeonato.
Zimmermann minimizou também as chances de gol desperdiçadas pela equipe nas últimas três partidas. “Se o time está produzindo, eu gosto. Eu ficaria preocupado se o time não estivesse criando”, apontou. A solução, segundo ele, é ter um pouco mais de tranquilidade na hora de definir as jogadas de ataque. O treinador aproveitou a entrevista coletiva para destacar a atuação de Xaro, que foi vaiado pela torcida na partida anterior.
O vice de futebol, Cláudio Montanelli, seguiu obviamente a mesma linha de avaliação da partida, mas lamentou as chances perdidas no ataque. “De novo tivemos a chance de ‘matar’ o jogo, mas não fizemos o segundo gol”, afirmou o treinador, que repetiu a intenção de contratar um atacante (pode vir até dois jogadores). O próximo jogo é domingo diante do Lajeadense, em Lajeado.
Arrancada difícil no Gauchão
Era previsível um mês de fevereiro de dificuldade para o Brasil em função do calendário de jogos. De sete partidas, duas apenas marcadas para o Bento Freitas. O terceiro jogo de mando do Xavante – contra o Grêmio – foi marcado para Caxias do Sul por causa da punição sofrida pelo clube no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Na única vez em que jogou em casa, a equipe empatou por 1 a 1 com o Ypiranga.
O aproveitamento nesta arrancada de Gauchão é de 25%. A diferença se mostra na comparação com anos anteriores: em 2014, o Brasil tinha 10 prontos (aproveitamento de 83,3%) ao completar seu quarto jogo. Essa pontuação em três jogos em casa e um fora (vitória como visitante). Já em 2015, arrancada foi ainda melhor, embora a pontuação fosse igual a do ano anterior em quatro jogos. Só que o time venceu duas vezes fora de casa.
GLÓRIA (1)
Rafael Roballo; John Lennon, Danilo, Alisson e Márcio Goiano; Luanderson, Elyerser (Vinícius Chimbica), Cleiton e Calyson; Leandro (Paulista) e Giancalo (Germano). Técnico: Clemer.
BRASIL (1)
Eduardo Martini; Wender, Leandro Camilo, Teco e Xaro; Leandro Leite, Washington, Diogo Oliveira (Márcio Hahn) e Felipe Garcia (Marcos Paraná); Nena e Ramón (Galiardo). Técnico: Rogério Zimmermann.
Local: Estádio Altos da Glória, em Vacaria. Árbitro: Francisco da Silva Neto; assistentes: José Javel Silveira e Max Augusto Vioni. Cartões amarelos: Alisson e Luanderson (G); Wender, Teco e Diogo Oliveira (B). Gols: Nena (36min do primeiro tempo); Paulista (33min do segundo tempo).
GAUCHÃO
Resultados da 4ª rodada
Sexta-feira, 12/2
Grêmio 0x2 São José
Sábado, 13/2
Glória 1×1 Brasil
Cruzeiro 1×2 Juventude
Domingo, 14/2
Aimoré 1×1 Internacional
Ypiranga 2×1 Veranópolis
São Paulo 1×0 Novo Hamburgo
Próximos jogos
Segunda-feira, 15/2
Passo Fundo x Lajeadense
Sábado, 20/2
Internacional x Cruzeiro
Domingo, 21/2
Grêmio x Novo Hamburgo
Juventude x Passo Fundo
Veranópolis x São Paulo
São José x Ypiranga
Aimoré x Glória
Lajeadense x Brasil
CLASSIFICAÇÃO – GAUCHÃO
Col. |
Equipe |
PG |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
1 | Juventude | 12 | 4 | 4 | 0 | 0 | 9 | 3 | 6 |
2 | São José | 10 | 4 | 3 | 1 | 0 | 7 | 0 | 7 |
3 | Grêmio | 9 | 4 | 3 | 0 | 1 | 7 | 4 | 3 |
4 | São Paulo | 9 | 4 | 3 | 0 | 1 | 5 | 3 | 2 |
5 | Internacional | 8 | 4 | 2 | 2 | 0 | 6 | 2 | 2 |
6 | Ypiranga | 7 | 4 | 2 | 1 | 1 | 9 | 5 | 4 |
7 | Novo Hamburgo | 5 | 4 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 1 |
8 | Glória | 5 | 4 | 1 | 2 | 1 | 5 | 4 | 1 |
9 | Lajeadense | 3 | 3 | 1 | 0 | 2 | 3 | 5 | -2 |
10 | Brasil | 3 | 4 | 0 | 3 | 1 | 4 | 6 | -2 |
11 | Veranópolis | 1 | 4 | 0 | 1 | 3 | 2 | 6 | -4 |
12 | Aimoré | 1 | 4 | 0 | 1 | 3 | 3 | 8 | -5 |
13 | Cruzeiro | 1 | 4 | 0 | 1 | 3 | 2 | 7 | -5 |
14 | Passo Fundo | 0 | 3 | 0 | 0 | 3 | 1 | 9 | -8 |