MARRABENTA : Esquina intercultural abre hoje
Por Carlos Cogoy
No Dia Internacional de Luta contra a Discriminação – transcorre nesta segunda – às 16h estará sendo inaugurado o Centro Cultural Marrabenta. O espaço situado à rua Cel. Alberto Rosa 302 – esquina com a rua 3 de Maio -, é iniciativa do coletivo Horto do Capiroto, que reúne estudantes universitários de diferentes cursos, e da Frente Negra Pelotense (FNP), que agrega lideranças da comunidade afro-pelotense. Conforme organizadores, o espaço aproximará as culturas brasileira e africana, em especial de Moçambique. A ideia surgiu após a experiência do estudante de filosofia Vinicius Britto Moraes. No segundo semestre do ano passado, através de intercâmbio estudantil, ele esteve residindo em Moçambique. Ao retornar, e constatando o desconhecimento acerca da cultura africana no Brasil, motivou-se a compartilhar a ideia pela criação do centro cultural. No espaço, diz Vinicius, cursos, oficinas, exposições, apresentações artísticas. Trata-se de território intercultural, valorizando a cultura dos africanos residentes na região.
Edmilson (Cabo Verde), Giovane Lessa, Loua Oulai (Costa do Marfim), e Vinicius
INAUGURAÇÃO conforme os coordenadores: “A abertura do espaço contará com a presença de lideranças do movimento negro, em âmbito local, nacional e internacional. Será oferecido um banquete de frutas e sucos naturais, à guisa das tradicionais confraternizações afrocêntricas. Ocorrerão apresentações musicais, com artistas representativos locais e também internacionais. Além disso, teremos uma videoconferência de apresentação, com os parceiros de Moçambique que estão a caminho do Brasil”.
ÁFRICA – “O projeto tem aliança institucional mais saliente com Moçambique, já que o Ministério da Cultura do país mostrou interesse na parceria. Mas o centro estará aberto a diversos países que têm cidadãos no Brasil. Então, desde estudantes da África portuguesa, como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, bem como os vendedores de mercadorias, provenientes do Senegal e Nigéria, ou haitianos. Esse diálogo intercultural acontecerá diretamente com a comunidade negra pelotense”, informam os organizadores.
