MÚSICA : “Chowchilla” apresenta show no Mercado
Quinta às 18h30min no Mercado Público, banda “Chowchilla” apresentará show com o repertório do primeiro disco “Arbo”
Por Carlos Cogoy
Arbo I, Volta, Invariável, Bardo, Ligno, Circo, Sizígia, Ciclo, Persisto e Arbo II. Repertório do disco de estreia da banda pelotense “Chowchilla”. Amanhã no pátio do Mercado Central, Bruno Chaves (voz, guitarra e sintetizador), Gabriel Soares (bateria), Fabrício Gonçalves (baixo e teclado), e Gabriel Redü (guitarra), estarão apresentando show. Trata-se de edição especial do projeto “Terça com Música” – realização da Banca 42 e A Vapor Estúdio -, cuja data original seria em abril. No entanto, devido à chuva houve o adiamento. O Terça com Música conta com financiamento do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA).
ORIGEM – A banda informa sobre a escolha do nome, influências e primeira formação: “Em 2012 a banda surgiu com a proposta de reunir amigos e tocar músicas que curtíamos em comum. Nessa época a formação era Bruno Chaves (guitarra e voz), Gabriel Soares (bateria), Matheus Bastos (guitarra), Vinicius Werner (baixo). No início daquele ano, numa conversa surgiu o nome da banda. Foram colocadas várias sugestões. Eram nomes totalmente aleatórios, que encontramos na internet e achamos interessantes. Um dos que se destacou foi ‘Chowchilla’, pois soava bem engraçado, e parecia com chinchila. Então decidimos ficar com esse.
Na época o logotipo da banda era uma chinchila tocando guitarra. O nome ‘Chowchilla’ é de uma cidade na Califórnia. Já as influências são variadas, sendo que cada integrante agrega a própria experiência. Como unanimidade, o rock em geral, principalmente aquele dos anos setenta. E citamos influências em comum, como o Pink Floyd, Led Zeppelin, Frank Zappa e King Crimson. Mas nunca sentimos a necessidade de uma classificação. Até mesmo na hora de fazer música, não nos apegamos a rótulo ou gênero. Gostamos muito do rock psicodélico e, de certa forma, fazemos muito disso, pela própria dinâmica do grupo no palco, onde existem vários improvisos, camadas de texturas e ruídos. Mas é legal falar da pluralidade dentro disso. A banda também tem muita influência do jazz, blues e o som eletrônico”. Logo no primeiro ano a banda gravou EP, reunindo composições de Bruno Chaves.
ARBO – Após a experiência com o EP “Perdoe-me, folha seca”, houve fase para repensar as opções e rumos. Sobre Arbo: “O disco muda totalmente a estética da banda, a sonoridade. O trabalho torna-se mais coletivo, e todos passam a atuar em todas as esferas sonoras do disco. As letras ainda são do Bruno Chaves, com exceção da faixa composta por Bruno e Fabrício Gonçalves. A sonoridade amadureceu e as letras também. O conceito do Arbo é a abertura para novas realidades, desligando-se da engrenagem rotineira que nos move dia-a-dia. Então, experimentar um universo novo, onde tudo podemos e fazemos. Baseada em três músicas instrumentais como pilares, Arbo I, Ligno e Arbo II, o álbum apresenta várias roupagens, sendo difícil adequar um estilo. Chamamos essa viagem de ‘jornada musical’, onde o ouvinte ao dar play na primeira música remete a universo paralelo. A noção de espaço-tempo é relativa, e multiversos se combinam com cordas, e o caos se torna um atrativo. Ruídos foram bastante utilizados nesse trabalho, com ênfase em sintetizadores, efeitos midi, percussão, sucata, canecas, despertador e vários efeitos”. Download no site: chowchilla.com.br
Lançamento do ARBO
O show de lançamento do disco “Arbo”, foi realizado à rua José do Patrocínio em frente ao espaço “Galpão”. A apresentação ocorreu em abril.
Sobre o lançamento, a banda divulga: “A gente quis fazer um show de graça, na rua, pra qualquer um que pudesse ir. E gostamos bastante das pessoas que compareceram. A receptividade foi legal, especialmente com o feedback que recebemos de várias pessoas. Então, o público apreciou o disco, valorizando o trabalho que temos desenvolvido há alguns anos. Ao final, houve manifestações sobre determinadas músicas, ou partes de composições, enfim, detalhes que pensamos muito pra realizar. Essa resposta é o que faz tudo valer a pena”. Em uma hora de show, foi tocado o álbum na íntegra. No encerramento, amigos subiram ao palco e participaram com a banda. “Fizemos um grande encontro, isso foi muito bom”, acrescentam.