UFPEL : Ocupações paralisam atividades acadêmicas
O reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Mauro Del Pino, tem reservado, nos últimos dias, momentos em sua agenda para visitar os espaços da instituição ocupados por estudantes, tais como o Centro de Artes e o Campus das Ciências Sociais e Humanas, cujas atividades acadêmicas estão comprometidas desde o início do movimento, já que não é possível que estudantes, técnicos-administrativos e docentes desenvolvam suas ações nestas Unidades.
Na segunda-feira, foi a vez de a Rádio Federal FM ser visitada pela Administração Central, que busca incessantemente formas de diálogo para que a normalidade volte à rotina da UFPel. O reitor e outras lideranças foram ao local para ouvir as reivindicações e estabelecer possíveis pontes com o grupo. No entanto, a ocupação continua.
Alunos da faculdade de Direito estão repintando o prédio, pichado ontem. Trabalho deverá ser concluído hoje
ESCLARECIMENTOS – Já no início da noite, grupo de estudantes esteve no Gabinete da Reitoria para buscar esclarecimentos sobre a política de assistência estudantil praticada na Universidade. Esteve presente, além de Del Pino, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ediane Acunha.
Durante o encontro, eles afirmaram que os alunos com perfil de renda exigido são beneficiados, com a condição de que, obrigatoriamente e com o rigor necessário para que fraudes sejam evitadas, devam comprovar com toda a documentação pedida o enquadramento no perfil de vulnerabilidade: sem a documentação completa não é possível deferir o pedido de matrícula na Universidade.
Reitor e pró-reitora afirmaram que, em 2015, os estudantes que atenderam aos requisitos legais e dos editais da UFPel foram contemplados. “O processo de 2016 ainda está em andamento”, disse o reitor. A pedido dos acadêmicos, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis está fornecendo ao grupo informações sobre as solicitações de 2015 e 2016.
COMISSÃO – Em reunião, no Gabinete da Vice-Reitoria, na tarde desta segunda-feira (20), foi deliberada a criação de uma Comissão de Diálogo para tratar as reivindicações dos grupos de estudantes que estão ocupando os prédios da UFPel. A comissão está sendo composta por representantes das Unidades que têm prédios ocupados, além de interlocutores das entidades dos TAs, dos docentes e da Reitoria.
