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Controle biológico de pragas é desencadeado na Zona Sul

Controle biológico de pragas é desencadeado na Zona Sul
01 novembro
11:54 2013
Lavoura Milho

Seminário abordou estratégias para combater as pragas, evitando riscos à cultura do milho

A Emater/RS-Ascar e a Embrapa promoveram nesta quinta-feira (31/10), em Pelotas, na sede da Embrapa Clima Temperado, um Seminário Técnico sobre Controle Biológico de Pragas, com foco na Campanha de Controle de Lagartas do Milho. Extensionistas rurais, pesquisadores, agricultores, técnicos, professores, estudantes e profissionais da área das ciências agrárias debateram a retomada de estratégias para combater as pragas evitando riscos à cultura do milho sem comprometer o meio ambiente e a economia da lavoura.

Na abertura do Seminário, o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, João Carlos Costa Gomes, falou da importância do uso do controle biológico nas propriedades como forma econômica e ambiental de viabilizar as culturas atingidas pelas lagartas. Costa Gomes propôs também a aplicação e a volta de métodos biológicos de combate às pragas, aprendidas ainda na universidade, como contraponto a aplicação de agrotóxicos. A pesquisadora da Embrapa, Glaucia Nachtigal, abordou os riscos das pragas quarentenárias e alertou para os perigos eminentes a produção dos agricultores.

O gerente adjunto regional da Emater/RS-Ascar, Cesar Demenech, incentivou os municípios da Zona Sul a iniciar um trabalho da Campanha para o Controle Biológico de Lagartas do Milho, através da utilização da vespinha produzida em laboratório a partir de ovos, que são comercializadas em cartelas e distribuídas nas lavouras de milho. O assistente técnico Estadual da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, falou sobre a Campanha realizada em nível estadual e explicou que a vespinha, chamada de Trichogramma spp, quando adulta na lavoura, procura os ovos Spodoptera frugiperda e Helicoverpa sp para fazer posturas, impedindo assim o desenvolvimento da lagarta do cartucho e da espiga.

As vespinhas são produzidas pelas Fábricas Biológicas de São Paulo e Minas Gerais e podem ser encomendadas logo após o plantio da lavoura de milho ou a partir do monitoramento com armadilhas. Na Zona Sul, os municípios de Cerrito, Canguçu, Arroio do Padre, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Herval irão receber um total de 122 armadilhas para realizar um monitoramento da incidência das pragas na região e a necessidade de aplicação das vespinhas. A Emater/RS-Ascar e a Embrapa irão fazer o acompanhamento para observar e avaliar a eficiência do controle biológico.

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