CPERS discute proposta governamental
Entidade participa de movimento contrário ao projeto que prevê mudança na estrutura de diversos serviços públicos
A proposta do governo do Rio Grande o Sul enviada à Assembleia Legislativa, projeto de lei 44, que prevê que entidades privadas sem fins lucrativos, qualificadas como organizações sociais, possam firmar parcerias com o poder público para exercer atividades em áreas como o ensino, saúde, cultura e preservação ao meio ambiente, está dando o que falar. E muito. A proposição também prevê que essas entidades poderão receber recursos públicos e até mesmo estruturas físicas pertencentes ao Estado.
Enquanto a proposta espera pela decisão dos deputados, vários movimentos de servidores públicos tentam evitar o que consideram a privatização da educação e dos serviços que constam no projeto.
Em Pelotas, ontem à noite, houve audiência pública na Câmara Municipal, coordenada pela Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, com a presença de lideranças locais e estaduais, dentre as quais do CPERS/Sindicato, como a presidente da entidade no Estado, Helenir Schürer.
“Há uma preocupação geral com essa possibilidade de o setor privado vir a administrar os serviços públicos. E é isso que estamos discutindo, para chamar a atenção da sociedade enquanto há tempo, pois caso a proposta seja aprovada haverá muito prejuízo e será muito difícil recuperar”, diz a líder, que esteve em visita ao Diário da Manhã, na companhia do diretor-geral do 24º Núcleo, Mauro Rogério Amaral.
GREVE – Sobre a recuperação dos dias em que os professores estiveram parados durante a greve do magistério gaúcho, ocorrida entre 13 de maio e 6 de julho deste ano, Mauro diz que está havendo discussões no sentido de definir um calendário que atenda às necessidade de cada comunidade escolar.