SUCESSÃO MUNICIPAL : Partido Ecológico Nacional apresenta propostas na disputa à Prefeitura
Por Carlos Cogoy
Servir, servir e servir. O lema dos bombeiros, estimula o empresário Marco Marchand (51 anos). Conforme recorda, o lema foi memorizado pois é filho de bombeiro. Pelotense criado no bairro Fragata, empenha-se em oferecer o exemplo aos quatro filhos: Maicon, engenheiro que reside no Japão; administrador Marcos; aviador e parceiro na empresa Marcelo; Pedro, acadêmico de ciência da computação na UFPel. Há trinta anos, Marco está à frente da “D’Marchand Eletrônica Automotiva” – rua Santos Dumont 551. Ele menciona que atende municípios da região, e são mais de oito mil clientes cadastrados. Realizado profissionalmente, como ressalta, dispõe-se a servir à comunidade. Assim, preside o Partido Ecológico Nacional (PEN), que desde o ano passado está organizado em Pelotas. Pela primeira vez candidato a cargo eletivo, neste ano estará disputando a sucessão à administração municipal. Na candidatura a vice-prefeito, psicólogo Oluarbi Alves. O PEN tem o número 51, e apresentará oito candidatos à Câmara Municipal, quatro homens e quatro mulheres. De acordo com Marchand, que cursa ciência política na Uninter e, de forma autodidata direciona leituras a temas de sociologia e antropologia, o PEN surgiu em São Paulo há quatro anos, numa iniciativa do ex-deputado estadual Adilson Barroso.
Empresário Marco Marchand preside o PEN e pela primeira vez disputa cargo eletivo
TALENTOS TÉCNICOS – Sem coligação, o PEN terá apenas quarenta segundos para apresentar propostas durante a propaganda eleitoral. Marchand reconhece o tempo exíguo, mas observa que a proposta é “quebrar paradigmas”. Assim, evitando alianças que, após o apoio inicial, apresentam indicações de nomes para ocupar cargos de confiança. O candidato a prefeito e o vice Oluarbi, enfatizam que não haverá CCs oriundos de indicações partidárias. A ideia é organizar a máquina administrativa, privilegiando “talentos técnicos”. Com isso, ao invés de pessoal desqualificado, valorização àqueles que têm capacitação para a resolução de problemas e proposição de alternativas. Na proposta do PEN, caberia à esfera de recursos humanos, identificar os talentos que poderão contribuir com a gestão municipal. Na equipe vinculada ao Executivo, informam os candidatos, 30% seriam com funcionários públicos que integram o quadro profissional da Prefeitura, outros 30% com talentos da área técnica, e mais 30% preenchidos por “universitários”. Como estímulo a novas ideias, e projetos inovadores à cidade, a Prefeitura incentivará a realização de premiações aos estudantes de destaque. Os candidatos observam que a mudança já surtiria efeito nos primeiros seis meses de governo. Então, frisam, sem o “governo manipulado por profissionais da política, que entopem a gestão com CCs apaniguados”.
Segurança pública
Na área da segurança, informam os candidatos do PEN, dois eixos balizam a proposta. Num deles, o incremento do monitoramento de câmeras na cidade. Noutro, trabalho aos apenados.
De acordo com Marchand, a ideia é que ao invés da Prefeitura prosseguir adquirindo pavimentação catarinense, caberia à usina local a fabricação de calçamento, meio-fio e canos em concreto. Como mão-de-obra, os apenados. Aos detentos em regime fechado, definição de atividades no Presídio. Aos que estão no semiaberto ou ex-detentos, a perspectiva de atividade profissional. Em relação à Guarda Municipal, atividade restrita ao zelo do patrimônio público municipal.
Doze secretarias
A estrutura da máquina pública municipal, conforme o projeto do PEN, será reduzida para doze secretarias. O candidato a prefeito Marco Marchand menciona a proposta: segurança; saúde; educação; emprego; lazer; turismo; mobilidade urbana; sustentabilidade; justiça social; desenvolvimento rural; cultura e urbanismo.
CORREGEDORIA será esfera de atividade permanente na gestão. Também o serviço de fiscalização será intensificado.
IMPOSTOS – Como medida de impacto, no início de governo, será revogada a atual base de cálculo do IPTU e gasto com a água. Marchand observa que atualmente há injustiças, o que implica na necessidade de novo cálculo à cobrança de impostos no município.
Valorizar a educação
O percentual para investimento na educação deve ser 25% do orçamento, mas a realidade pelotense apresenta declínio: 19% em 2013; 17% em 2014; 15% em 2015. Avaliação do candidato Marchand que se considera “defensor da educação”. Ele menciona que ministra cursos particulares na área da eletrônica automotiva, e destaca que a educação é o caminho para diminuir a violência e o desemprego.
Em Pelotas, no entanto, o contexto remete a ações urgentes. O município está entre os piores municípios gaúchos na área de educação. E o candidato exemplifica com o município que está na dianteira da lista, Pinhal, cujo investimento é de R$3 mil por aluno. Já em Pelotas não ultrapassa R$260,00 por aluno.
Sustentabilidade
Para o PEN a questão ambiental é crucial. A proposta para Pelotas remete à construção de quatro Estações de Tratamentos (ETAs), agindo contra os quatro “emissários” (esgoto) de dejetos diretamente no canal São Gonçalo. Outra ideia será o combate ao avanço desordenado às margens hídricas, em especial construtores e projetos de loteamentos.
A coleta de lixo será retomada pelo poder público. “Cada gestão paga R$66 milhões para enterrar dinheiro. Diariamente, Pelotas perde R$100 mil reais com o lixo que não é reciclado”, enfatiza Marchand. Outra política, serão os ginásios comunitários nos bairros, com respectivos galpões para reciclagem.
Saúde e Carnaval
Saúde com atendimento 24 horas, mediante a valorização salarial dos médicos. Na equação do PEN, os 127 médicos vinculados à Prefeitura, dividindo-se em trios, e recebendo pagamento condizente, poderiam atender a população 24h. A perspectiva é de postos com o serviço em cinco regiões da área urbana, e mais a zona rural.
EMPREGO é outra prioridade da gestão. Uma forma de geração de trabalho visa, ao invés da terceirização, retomada do poder público em relação a serviços básicos. Também a necessária infraestrutura para receber empresas de energias renováveis como a “solar” e “eólica”. O Porto também será reativado, através de projetos que valorizem o potencial hídrico.
TRÂNSITO mediante estudos técnicos, poderá receber elevadas para evitar os “gargalos” que provocam congestionamentos.
CULTURA terá Parque Multieventos, acolhendo o Carnaval, desfile Farroupilha, competições de ciclismo, concentrando as atividades públicas de lazer. Os candidatos comprometem-se à conservação do patrimônio histórico e cultural.
