PARAOLIMPÍADA : Dupla dourada na bocha
A dupla brasileira Antônio Leme e Evelyn de Oliveira faturou a medalha de ouro na bocha, categoria BC3 – formada por atletas com severas limitações de coordenação nos braços, nas pernas e no tronco. Com uma arbitragem confusa e em um jogo muito equilibrado, o Brasil venceu por 5 a 2 a dupla Ho Won Jeon e Han Soo Kim, da Coréia do Sul, e conquistou a primeira medalha dourada do país na modalidade nos Jogos do Rio.
Antes os bicampeões paraolímpicos – o trio formado por Dirceu Pinto, Elizeu dos Santos e Marcelo Santos – deixaram escapar a medalha de ouro ao ser derrotado pela Eslováquia por 4 a 2 na categoria BC4 (pessoas com enfermidade degenerativa ou paralisados cerebrais). Os brasileiros ficam com a medalha de prata.
TÊNIS DE MESA – Depois de surpreender na Classe 7 (para atletas com severa deficiência nas pernas ou no braço que joga ou ambos), Israel Stroh perdeu a final da competição nesta segunda-feira para o britânico William John Bayley por 3 sets a 1. Apesar da derrota na partida disputada no Riocentro, ele considerou a prata “com sabor de ouro”.
ATLETISMO – Outras duas medalhas de prata foram conquistadas no atletismo. O velocista Fábio Bordignon assegurou sua segunda medalha nos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 ao terminar em segundo lugar nos 200m classe T35, nesta segunda-feira, no Engenhão. É a segunda prata do atleta no Rio de Janeiro, somando-se à conquistada sexta-feira nos 100m da mesma classe.
Rodrigo Parreira da Silva ganhou a prata no salto em distância, categoria T36. Ele saltou 5,62m e perdeu o título no critério de desempate. Antes, ele tinha faturado o bronze nos 100m rasos.
Disco de ouro
O brasileiro Alessandro Silva conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco nesta segunda-feira nos Jogos Paraolímpicos. Ele também bateu o recorde paraolímpico ao anotar a marca de 43,06m. A medalha de prata ficou com o italiano Oney Tapia, que fez 40,89m, enquanto o bronze foi para o espanhol David Sierra, com 38,58m.
A classe de Alessandro é a F11 (cego total). Com o resultado, o brasileiro manteve a liderança do ranking mundial. Ele conta que o desporto paraolímpico o fez superar o trauma da perda de visão. “Quando comecei a perder a visão, perdi o chão. Quase volte às drogas”, afirma.