SUL/FRONTEIRA: Brasil aplica ritmo forte e vence Bra-Pel por 2 a 1
A Copa Sul/Fronteira terá mais dois Clássicos Bra-Pel para apontar quem será o campeão. O Brasil conquistou o segundo turno, nesta terça-feira, com a vitória por 2 a 1, no Bento Freitas, forçando a realização de mais dois jogos. O Pelotas havia vencido o primeiro turno da competição. As finais serão realizadas na sexta-feira na Boca do Lobo e na segunda (dia 11), na Baixada.
O Brasil se destacou pela intensidade demonstrada na partida, especialmente nos primeiros 30 minutos, quando sufocou o adversário. Aos seis minutos, Cleiton lançou Alex Amado. O atacante entrou na área, mas finalizou fraco e Paulo Sérgio fez a defesa. A superioridade rubro-negra resultou em vantagem, aos 22. A defesa do Pelotas se atrapalhou, após cobrança de lateral da esquerda. Joelson dominou na área, girou e fez 1 a 0.
O Pelotas só conseguiu sair para jogar na reta final do primeiro tempo, mas não conseguiu fazer nenhuma finalização de perigo. Os dois treinadores tiveram que mudar as equipes por causa de lesões. Rogério Zimmermann perdeu Alex Amado (problema muscular) e colocou Éder Machado na partida. Já Paulo Porto ficou sem Edson Borges, com torção de joelho, e entrou Heverton na zaga.
No segundo tempo, o Bra-Pel ficou aberto, embora o Brasil mantivesse a superioridade. Aos 15 minutos, Joelson deu assistência para Éder Machado, que disparou a “bomba”: 2 a 0. O Pelotas descontou com Gilmar, aos 18, após cobrança de escanteio, levando vantagem na bola aérea. O time xavante poderia ter ampliado, criando duas situações claras de gol no mesmo lance. Joelson chegou a driblar Paulo Sérgio, mas bola foi na trave. Na sequência, Éder Machado mandou a bola por cima da trave, cabeceando livre na pequena área.
Times vão igualados para final
Brasil e Pelotas seguem igualados na disputa pelo título da Sul/Fronteira. Cada um deles ganhou um turno. Agora terão dois jogos como “tira-teima”. O primeiro será na Boca do Lobo, na sexta-feira. Repetindo os dois turnos, o Xavante terá novamente a vantagem de decidir em casa por possuir a melhor campanha entre os participantes da competição. Na verdade, o Brasil tem o melhor aproveitamento entre todas as equipes das três copas regionais.
“O Pelotas tinha uma ‘gordurinha’ que foi queimada”, definiu o diretor de futebol Manoel Nunes, o Neca. Ele reconheceu que a equipe áureo-cerúlea acabou envolvida pela “volúpia” do adversário. Pelo lado xavante, as entrevistas ressaltaram a força do grupo de jogadores – mesmo diante das dificuldades financeiras decorrentes de um semestre com competições deficitárias.
Para o próximo clássico, Jefferson, Gilmar e Cleiton receberam o terceiro cartão amarelo. Alex Amado e Edson Borges saíram lesionados e correm o risco de ficar fora das finais.
Fato Negativo
Mais uma vez uma briga envolvendo torcedores do Pelotas e a Brigada Militar manchou o clássico no Bento Freitas.
Informações dão conta que uma baqueta atirada ao campo provocou a reação dos policiais e uma briga generalizada se formou nas arquibancas do setor destinado aos áureo-cerúleos. Alguns torcedores mais exaltados foram contidos e um cordão de isolamento foi feito entre a própria torcida do Pelotas para que os ânimos se acalmacem.
Ficha Técnica
BRASIL (2)
Luiz Müller; Wender, Cirilo, Ricardo Bierhals e Rafael Forster; Leandro Leite, Nunes (Ricardo Schneider), Márcio Hahn e Cleiton (William Kozlowski); Alex Amado (Éder Machado) e Joelson (Gustavo Papa). Técnico: Rogério Zimmermann.
PELOTAS (1)
Paulo Sérgio; Tiago Gaúcho, Bruno Salvador, Edson Borges (Heverton) e Digão; Jovany e Paraná (Rafael Santiago); Jefferson (Mithyuê), Bruno Coutinho e Felipe Garcia (Gadelha); Gilmar. Técnico: Paulo Porto.
Local: Estádio da Boca do Lobo, em Pelotas. Árbitro: Francisco da Silva Neto; assistentes: Carlos Selbach e João Lúcio de Souza Júnior. Cartões amarelos: Luiz Müller, Ricardo Bierhals, Rafael Forster, Leandro Leite, Cleiton e Joelson (B); Tiago Gaúcho, Jovany, Jefferson, Gilmar e Santiago (P). Gols: Joelson (22min do primeiro tempo); Éder Machado (15min) e Gilmar (18min do segundo tempo).