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quinta, 24 de outubro de 2024

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“Nunca perdi pênalti” Welder explica decisão de pedir a bola para decidir vitória do Pelotas

28 abril
14:09 2017

Cobrar um pênalti no último lance de uma partida decisiva, decidindo a vitória em favor de seu time, é prova incontestável de personalidade e confiança. É isso que se pode dizer de Welder, que, aos 53 minutos do segundo tempo, assegurou o triunfo do Pelotas por 1 a 0, quarta-feira, contra o Aimoré, na Boca do Lobo. “Eu estava com muita confiança de que faria o gol. Como profissional, nunca perdi cobrança de pênalti”, diz o atacante.

O que mais destacou a personalidade de Welder foi a atitude de pedir a bola para Daniel Carvalho a fim de cobrar o pênalti. “Eu tenho treinado. Na véspera ainda treinei. No nosso grupo tem outros jogadores com muita qualidade para cobrar pênalti. O Daniel é o encarregado de bater pênalti, mas como ele já estava com a perna um pouco pesada, me deu a bola e me passou toda a confiança”, conta o herói da vitória.

Welder é encoberto pelos companheiros na comemoração: personalidade e confiança para decidir o jogo Foto: Tales Leal/AI ECP

Welder é encoberto pelos companheiros na comemoração: personalidade e confiança para decidir o jogo
Foto: Tales Leal/AI ECP

Welder não sabe precisar quantos gols já fez cobrando pênalti, mas foi o cobrador oficial nas equipes onde jogou – exceção ao São Paulo, de Rio Grande. No time rio-grandino, o encarregado das cobranças de pênalti era o volante Fidélis. No ano passado, Welder foi o batedor oficial do Guarany de Bagé – até porque tinha o prestígio de ser o artilheiro da equipe. Ele marcou 21 gols pelo time bajeense (14 deles na Terceirona e mais sete na Copinha do segundo semestre).

Súmula omite “abandono”

A súmula da partida do Pelotas com o Aimoré, quarta-feira, na Boca do Lobo, não traz referência a decisão do treinador Claiton dos Santos de retirar sua equipe de campo logo após o gol de time da casa. Revela as expulsões de Marco Antônio, Elton e Faísca e também registra a tentativa de agressão do meio-campista Elton. O árbitro Giovane da Silva foi pressionado por jogadores do Aimoré, que se mostraram inconformados com a marcação do pênalti aos 49 minutos do segundo tempo.

Giovane dos Santos descreveu as ofensas, com palavrões, proferidas pelos jogadores do Aimoré. Marco Antônio recebeu cartão vermelho, antes de ser feita a cobrança do pênalti. Já Elton e Faísca foram expulsos, quando a equipe do Aimoré já se retirava de campo, atendendo ao pedido de Claiton. Posteriormente, o treinador, alguns jogadores e dirigente Lucas Kunkath foram novamente ao encontro do árbitro para retomar as reclamações. A Brigada Militar precisou intervir para impedir que Giovane fosse agredido.

Os episódios da Boca do Lobo podem resultar em desfalques na equipe do Aimoré para jogos futuros – em caso de classificação e punição aos infratores. Já na partida seguinte, contra o Avenida, no Cristo Rei, a equipe estará desfalcada de cinco titulares.

No time do Pelotas, Welder diz que está se sentindo à vontade. “Tenho revezado na função pelo lado ou enfiado entre os zagueiros. Estou jogando mais perto do gol. No São Paulo, eu jogava de extrema. Marcava mais o lateral adversário do que jogava”, completa

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