CEEE divulga campanha contra furto de energia
Gerente regional, Alexandre Ávila, apresenta “Fez Gato, Pagou o Pato” ao delegado da Polícia Civil Sandro Bandeira
Representantes da Gerência Regional Sul da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) estiveram reunidos nesta quarta-feira(16) com o delegado Sandro Bandeira, da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), de Pelotas. O gerente local, Alexandre Madruga de Ávila, que estava acompanhado do assistente da Regional, Jonatas Furtado da Rosa, entregou os materiais informativos da campanha “Fez Gato, Pagou o Pato”, que iniciou nesta semana e tem o objetivo de alertar à população sobre os perigos e as consequências do furto de energia elétrica.
A campanha abrangerá os 72 municípios atendidos pela CEEE-D e propõe-se a alcançar 80% do mercado, formado por 1,6 milhão de unidades consumidoras. No hotsite www.fezgatopagouopato.com.br, há informações sobre o trabalho e as penas de quem pratica esse crime. Além disso, o espaço informa sobre como fazer a regularização ou mesmo uma denúncia anônima.
O delegado Bandeira elogiou a iniciativa e colocou-se à disposição para atuar em conjunto com a empresa na repressão aos crimes dessa natureza. Segundo o gerente Regional da CEEE, parte das atividades de combate às fraudes nas instalações e redes de energia ocorrem com o apoio da Polícia Civil do RS. Ele cita o caso da DRCP (Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio das Concessionárias e os Serviços Públicos Delegados – DRCP) na Capital, parceira da Companhia nesse trabalho, que é feito com regularidade e, a partir de agora, será intensificado.
COMBATE ÀS PERDAS GLOBAIS
Ávila explica que o Programa de Combate às Perdas Globais da CEEE é formado por 16 projetos – parte deles com investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). As ações incluem melhoria de processos, acréscimo de equipes de fiscalização, aquisição de veículos e implementação de soluções tecnológicas junto às redes de energia elétrica e aos sistemas de monitoramento e medição das unidades consumidoras. O objetivo é recuperar, até 2021, 75% do total das perdas que hoje representam R$ 200 milhões por ano à empresa e melhorar a qualidade dos serviços à totalidade dos clientes.
Conforme os dados da CEEE, as irregularidades são verificadas em diversos segmentos e esses prejuízos acabam reduzindo a possibilidade de investimentos que poderiam beneficiar o conjunto de clientes da Copanhia, gerando, de imediato, concorrência desleal e reduzindo os impostos arrecadados pelo Estado, valores que poderiam ser direcionados para a melhoria de diversos serviços à população.
A fraude de energia elétrica traz ainda outras consequências, como riscos de incêndios, choques elétricos e até mortes. Em 2016, a CEEE deixou de faturar cerca de 750.942 MWh (megawatts-hora), energia suficiente para abastecer a cidade de Porto Alegre por dois meses.
O segmento que apresenta maior quantidade de irregularidades, baseado nos dados da fiscalização, é a classe residencial. Em contrapartida, o segmento que apresenta maior valor financeiro de recuperação é a classe comercial, com 33% de tudo que é fiscalizado pela Companhia. Especificamente na Regional Sul, a média anual de fiscalizações é de quase seis mil unidades consumidoras, sendo quem em metade há algum tipo de irregularidade, que é desfeita pelos técnicos e, na sequência, cobrada pela Companhia.
“A partir dos novos investimentos e que incluem tecnologia, equipes e veículos, esse projeto será reforçado em toda Região Sul”, diz Ávila, informando que a Regional de Pelotas arrecadou, em 2016, um montante de R$ 3,5 milhões, resultados das autuações feitas sobre consumos não faturados.
O Programa de Combate às Perdas inclui também a instalação de um Sistema de Medição Centralizada (SMC) junto a 45 mil unidades consumidoras de locais considerados de vulnerabilidade social em municípios da área de concessão e outros 11,7 mil pontos com medição indireta. Estes projetos envolvem 53% do faturamento da Companhia. As iniciativas contemplam, também, a realização de mais 89 mil fiscalizações ao ano na área de concessão da CEEE, além das cerca de 35 mil executadas atualmente, com análises de unidades consumidoras, corte de desvios e irregularidades.