ALFREDO DUB : Escola Especial “grita” por socorro
Vítima da frieza de um Censo Escolar, instituição filantrópica vive momentos de preocupação
Verba reduzida e ameaças à continuidade do relevante trabalho voltado à educação de alunos surdos, deficientes auditivos, surdoscegos e surdos com alguma deficiência associada, como paralisia cerebral, baixa visão, autismo, deficiências múltipla: motora, intelectual, microcefalia e transtorno geral de aprendizagem, dentre outros. A ameaça assusta a comunidade escolar da instituição filantrópica Escola Especial Professor Alfredo Dub.
A instituição especial oferece atendimento especializado e indispensável ao seu público, portador das diversas necessidades, também especiais, que vão da estimulação precoce de crianças surdas desde os seus primeiros meses de vida à educação adequada às necessidades em escola regular de ensino.
A comprometida situação financeira vivida pela instituição poderá ficar ainda mais complicada já a partir do mês de outubro em virtude de alguns fatores que passaram “batidos” pelo Censo Escolar de 2017 que serve como base do cálculo que determina o valor a ser creditado mensalmente na conta da escola. A redução do valor repassado pela Secretaria Municipal de Educação chegou a R$ 140 mil. Outros R$ 36 mil – três parcelas de R$ 12 mil – deixaram de ser repassados pela Secretaria de Assistência Social em função de o convênio encerrado no mês maio ter sido renovado sem junho.
O famigerado Censo Escolar não considerou o acréscimo no número de alunos da instituição, atualmente cerca de 180; a implantação do turno integral em abril deste ano; o aumento de turmas e carga horária dos professores; aumento de refeições oferecidas aos alunos; aumento de material de consumo e educativo.
Era sabido que com o acréscimo dos serviços oferecidos a verba destinada à escola em 2017 não seria suficiente para pagamento das despesas previstas. Só o Censo não considerou tal fato.
PROMESSA E ESPERANÇA
Na semana passada, em reunião da direção da Escola com a prefeita Paula Mascarenhas, os gestores receberam a promessa de repasse pelo município dos valores necessários para sanar a preocupante situação. Tudo a partir de levantamento completp a ser feito pela instituição sobre a demanda reprimida. Segundo a presidente, Marita Nebel, a solicitação da prefeita foi atendida. Mas não é só isso: é necessário driblar a burocracia para que a verba chegue em tempo.
“O que esperamos é que haja agilidade nos trâmites para que não ocorra atraso, e que consigamos superar esse momento que preocupa a todos nós”, salienta a gestora.