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segunda, 25 de novembro de 2024

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Brasil dá primeiro passo para facilitar acesso do paciente a tratamento contra dor crônica

Brasil dá primeiro passo para facilitar acesso do paciente a tratamento contra dor crônica
10 outubro
11:00 2017

O alívio para a dor crônica é, sem dúvidas, um problema que ainda carece de muita discussão na sociedade e na classe médica, assim como o tratamento mais adequado e seguro

Porém, esta realidade está começando a mudar, graças aos primeiros passos que o Brasil e o Japão deram, no intuito de facilitar, ao paciente, o acesso ao tratamento. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de flexibilizar a prescrição de buprenorfina em adesivo, medicamento indicado para o tratamento da dor crônica. Antes, para comprar medicamentos com a substância, era necessário receituário amarelo, que o médico precisava solicitar especialmente para autoridades sanitárias; agora, só será preciso receita branca, em duas vias.

Já no Japão, segundo matéria da Bloomberg, pessoas que sofrem de dor crônica estão exigindo alívio, e as autoridades estão se empenhando mais para ajudá-las, especialmente porque os trabalhadores não são economicamente produtivos quando estão agonizando por dores. Um estudo de 2015 estimou que a dor crônica custa ao Japão cerca de R$ 55 milhões por ano.

Claudia Inhaia, médica com especialização em cuidados paliativos e em terapia da dor, considera a medida um avanço no sentido de garantir que os pacientes consigam ter sua dor adequadamente tratada. “A dor é um dos sintomas mais temidos, pois afasta as pessoas do trabalho e reduz a produtividade, lota os hospitais, e está fortemente associada a depressão e ansiedade”, justifica.

Para ela, é necessário ter opções de tratamentos acessíveis, pois o tratamento da dor é individual e um percentual importante dos pacientes necessitarão trocar várias vezes de medicação e dose, até encontrar a que controle a sua dor. “As dificuldades para o adequado tratamento da dor são muitas e atingem desde pacientes oncológicos onde a prevalência de dor pode chegar a 90%, até pessoas com doenças crônico degenerativas tais como artrites, passando por diversas doenças que tem a dor como manifestação principal como a doença de lime”, explica.

A automedicação e o subtratamento da dor são grandes problemas no Brasil. O paciente com dor deve procurar o médico, e o profissional, por sua vez, deve buscar humanizar o seu atendimento, levando em consideração o impacto da dor no dia a dia desse paciente e qual o melhor curso a ser tomado em cada caso.

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