Chuvas retardam plantio dos grãos de verão no Rio Grande do Sul
As condições climáticas registradas nesta semana no Rio Grande do Sul retardaram o plantio dos grãos de verão. Conforme informações divulgadas no Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (21/11), o grande volume de precipitações e o excesso de umidade atrapalharam o trabalho de semeadura das lavouras, principalmente as de milho, soja e arroz.
Com relação à cultura do milho, mesmo com o atraso registrado no plantio esta semana, a atual safra se encontra um pouco à frente se comparada com anos anteriores, com 74% das lavouras semeadas. As áreas cultivadas há mais tempo têm sido beneficiadas pelas condições registradas até o momento, apresentando bom desenvolvimento e padrão, principalmente aquelas lavouras que começam a entrar em floração, fase mais suscetível à deficiência hídrica e que totaliza 16% do total plantado no Estado.
Na soja, o plantio também o teve seu ritmo alterado devido às chuvas recentes. A atual safra atinge 48% de área semeada, com 46% tendo germinado em boas condições. Apenas em casos pontuais houve problemas devido à intensidade das chuvas e ao excesso de umidade, com a maioria das lavouras apresentado bom padrão de desenvolvimento.
Os produtores de arroz enfrentaram certa dificuldade para finalizar o plantio da safra 2014, principalmente aqueles cujas lavouras se situam no entorno da Lagoa dos Patos e na Depressão Central. Depois de um início bastante acelerado, a excessiva umidade no solo provocada por frequentes e, às vezes, intensas chuvas se encarregou de frear o ritmo, impedindo a finalização do processo. Nas áreas onde a semeadura já foi concluída, as precipitações prejudicaram os trabalhos de condução das lavouras (controle de inços, aplicação de inseticidas e fertilizantes). Até o momento, não foram registrados prejuízos significativos para a cultura.
As chuvas em excesso também atrapalharam a colheita do trigo, que chegou a 85% do total semeado no Estado. Os demais 15% estão praticamente prontos para colheita, e os produtores aguardam por melhores condições climáticas para realizar a retirada dos grãos das lavouras, que se localizam, em sua grande maioria, nas zonas mais frias, como os Campos de Cima da Serra e a Região Sul. Mesmo com a alta umidade dos últimos dias, a qualidade do trigo obtido permanece muito boa, assim como as produtividades alcançadas.