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Avança obesidade e diabetes no Brasil

Avança obesidade e diabetes no Brasil
09 janeiro
14:14 2018

O Brasil está em 4º lugar no Ranking Mundial de Diabetes e a obesidade avança ano após ano em todas as faixas etárias

A Organização Mundial de Saúde estima que em 2030, caso a situação não seja revertida, o diabetes seja a sétima maior causa de morte no mundo. A atual explosão de casos de diabetes obedece a todos os critérios epidemiológicos necessários para a caracterização de uma epidemia. Embora fatores genéticos estejam envolvidos em ambas as formas da doença, a incidência cada vez maior está fortemente relacionada ao excesso de peso, obesidade, sedentarismo e dietas alimentarem concentradas em industrializados ultraprocessados.

Nos últimos 10 anos o número de diabéticos cresceu 61,8%, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016 e continua a atingir a cada dia mais pessoas. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, no mundo há mais de 425 milhões de pessoas vivendo com diabetes hoje. Classificada como uma epidemia mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença avança ano após ano, vitimando vidas e condenando os diagnosticados a viverem com uma medicação constante e sem previsão de cura.

Com o surgimento de novas pesquisas e estudos se descobriu que a alimentação exerce um papel fundamental na reversão da obesidade e diabetes. Uma proposta que tem conquistado muitos adeptos ano após ano é a estratégia alimentar do médico e pesquisador Dr. Patrick Rocha, que tem como diferencial proporcionar a melhora na qualidade de vida de diabéticos e reduzir a necessidade de medicação.

Autor do livro “Diabetes Controlada: programa alimentar para controlar a diabetes e voltar a viver bem em 30 dias”, lançando em 2017,  Rocha acompanhou durante décadas, em atendimentos na saúde pública e em consultórios, o tratamento de pacientes da forma mais conhecida, por meio de medicações e observou que os resultados não eram positivos a longo prazo. “Os pacientes ficavam apenas mais dependentes dos remédios e com o passar dos anos com a saúde mais fragilizada. Não havia uma melhora na qualidade de vida”, relata o médico.

Ainda neste período, Rocha passou a se dedicar às pesquisas na área e foi então que deu início ao desenvolvimento de um método alimentar que pudesse ajudar a controlar o diabetes e proporcionar melhor qualidade de vida. “Mantendo o foco em medicamentos paliativos e em uma proposta alimentar que se demonstrava falha, nos últimos anos vimos a doença avançar em todo o mundo, inclusive no Brasil. Os hábitos alimentares podem ser um dos principais aliados na prevenção e controle do diabetes. Houve críticas a estratégia alimentar do Programa Diabetes Controlada e ,hoje, começamos a ver a mudança, pouco a pouco vemos mais e mais profissionais da saúde aplicando o método, transformando a vida de milhares de pessoas.”, destaca Dr Rocha.

Os resultados observados ao longo dos últimos anos comprovam que a alimentação pode ser capaz de prevenir e tratar diabetes, reduzindo e, em muitos casos, até eliminando a necessidade de medicação em casos de diabetes tipo 2.

“A desinformação é um dos maiores obstáculos no controle da doença e a recomendação de condutas dietéticas e adoção de uma alimentação repleta de produtos dietéticos, lights, processados e derivados do trigo podem ser os maiores sabotadores do tratamento. Somente através do programa online Diabetes Controlada, mais 45 mil pessoas em todo o Brasil foram impactadas e passaram a adotar uma nova alimentação”, explica.

Segundo o especialista, na grande maioria das vezes, alimentos diets e lights podem piorar a condição do diabético, exigindo o uso de dosagens cada vez mais altas de medicação. “É preciso trabalhar a conscientização da população sobre os riscos e consequências e chamar a atenção dos gestores públicos sobre o impacto sócio-econômico do diabetes no Brasil e a necessidade de aprimorar as políticas já existentes” apontou.

A diabetes é uma doença crônica metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. O distúrbio acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir a insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar presente no sangue possa penetrar as células para ser utilizado como fonte de energia. No Brasil, estima-se que mais de 14 milhões de pessoas vivam com a doença. Se não tratado, o diabetes pode causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, doenças cardiovasculares, como AVC (derrame), e infarto.

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