Águas-vivas no mar: saiba como lidar com as queimaduras na beira da praia
Dermatologista explica quais são os passos para diminuir os efeitos dos ferimentos
As crianças adoram entrar e sair do mar muitas vezes durante o dia na beira da praia. A desatenção e a felicidade brincando na água fazem com que os pequenos sejam as principais vítimas das mães-d’água. Para evitar que estes incidentes causem transtornos e traumas, a dermatologista associada da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Ana Paula Manzoni, explica como deve ser o tratamento.
– O perigo é encostar nos tentáculos da água-viva. Quando encosta, este tentáculo libera uma toxina na pele, causando a queimadura química. É um ferimento que dói bastante e deixa a pele com ardência forte. O ideal é lavar o local com a própria água do mar, jamais usando água doce, como água mineral, por exemplo, pois piora a queimadura. Além disso, é aconselhado fazer compressas com vinagre ou bicarbonato de sódio. Quando tiver o bicarbonato de sódio para usar, não diluir com água doce, mas com água do mar, ou aplicar no local sem diluir – destaca Ana Paula Manzoni.
A médica alerta que, caso a criança sinta algum outro sintoma, é aconselhado levar até um dermatologista ou um pediatra, para que os profissionais possam avaliar se existe algum perigo, como alguma alergia. Além disso, Manzoni lembra que não deve-se colocar outras receitas caseiras ou pomadas no local da queimadura.
– Não deve-se colocar urina no local, isso é um mito. Não existe comprovação de que esta receita caseira realmente funciona e pode até prejudicar o ferimento – explica.
Depois de tratada a dor e os primeiros sintomas da queimadura, o cuidado com a pele da criança é evitar expor esta parte do corpo afetada ao sol. Isso ajuda a evitar que surjam manchas no local.