Índice de Desempenho Industrial volta a crescer no RS
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) registrou, em dezembro de 2017, relativamente a novembro, a maior expansão no comparativo mensal de todo o ano passado: 2,9%, descontados os efeitos sazonais. Duas altas consecutivas – no mês anterior havia alcançado 0,9% – não ocorriam desde o final de 2016, o que levou o índice ao maior nível desde setembro de 2015. O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, alerta que o processo de recuperação, entretanto, é longo. “A indústria gaúcha deixou para trás a mais longa recessão já registrada. Mas a retomada da atividade ainda é lenta e gradual entre os setores. Após afundarmos mais de 18% em três anos, encerramos 2017 com uma expansão modesta, ou seja, devolvemos apenas uma ínfima parte das perdas recentes”, diz.
Apesar de o IDI-RS ter mostrado, na média, forte crescimento na passagem mensal, dois dos seis componentes caíram: faturamento real
(-0,6%) e a massa salarial real (-0,7%). As compras industriais, com elevação de 7%, foram o grande destaque a impulsionar a alta expressiva do índice. A utilização da capacidade instalada (UCI) e as horas trabalhadas na produção cresceram 0,9 p.p. e 0,2% respectivamente, enquanto o emprego ficou estável (0,1%). “As perspectivas para 2018 sinalizam para uma aceleração da atividade industrial gaúcha. Todavia, a manutenção desse cenário positivo para além do presente ano depende de medidas que garantam o equilíbrio macroeconômico, sobretudo no que tange às contas públicas, e que reduzam os custos de produção”, reforça Petry.
Em relação a igual mês de 2016, o IDI-RS subiu 1,5% em dezembro, sexta alta em sequência. A atividade industrial gaúcha fechou 2017 com crescimento de 0,4%, encerrando um ciclo de três quedas anuais consecutivas.
ANUAL – A análise dos componentes do Índice de Desempenho Industrial no ano passado mostra um quadro dividido. O faturamento real (3,7%), a massa salarial real (1,5%) e a utilização da capacidade instalada (1,2 p.p.) cresceram, enquanto o emprego (-1%), as compras industriais (-1,2%) e as horas trabalhadas na produção (-1,6%), encerraram o ano com retração.