FESTA E ORGULHO : Brasil é vice-campeão e projeta grande Série B
O torcedor desavisado, que chegasse ao Bento Freitas no final da partida de ontem, imaginaria ser o Brasil o Campeonato Gaúcho. A comemoração da torcida rubro-negra ofuscou a festa dos tricolores, apesar da goleada sofrida por 3 a 0 e dos 7 a 0 no agregado dos dois resultados das partidas finais do Gauchão. O Grêmio conquistou o título estadual pela 37ª vez. E o Xavante, depois de 35 anos, voltou a ganhar o vice-campeonato, coroando uma excelente campanha.
Nem os gols do Grêmio – marcados a partir dos 35 minutos do segundo tempo – calaram a torcida do Brasil. Pelo contrário. Aumentou o som no estádio. Numa situação inusitada, o capitão gremista, Maicon, ergueu a taça de campeão, tendo como cenário a festa e o hino xavante. Desta forma, a comemoração dos tricolores foi discreta. A euforia estava, por incrível que pareça, do lado perdedor na final.
SATISFAÇÃO PLENA
Por que tanta comemoração? O Brasil entrou no Gauchão sob desconfiança. A pré-temporada foi curta (apenas 20 dias), o grupo passou por profunda reformação em relação ao ano anterior (cerca de 70%) e havia ainda o trauma de 2017, quando espaçou do rebaixamento na combinação de resultados da última rodada. Apesar disso tudo, o Xavante foi o primeiro colocado da fase classificatória, ganhou a taça do Centenário da FGF e chegou à final, fazendo sempre o segundo jogo em casa. Como prêmio, o clube vai embolsar R$ 200 mil – prêmio ao melhor do time do interior na competição.
“Esse grupo está de parabéns. Fez um grande trabalho. Agora, vamos para o Brasileiro, já mudando o discurso. Queremos mais do que permanecer na Série B, queremos subir para conviver com os clubes de elite do Brasileiro”, afirmou o presidente Ricardo Fonseca. Os resultados contra o Grêmio não diminuem em nada a trajetória rubro-negra no Gauchão – até pelas circunstâncias dos jogos. Fez o segundo tempo das duas partidas com um jogador a menos em campo (Eder Sciola foi expulso na Arena e Leandro Leite no Bento Freitas).