Infância Protegida trabalha na prevenção da gravidez precoce
As cinco frentes de trabalho do programa Infância Protegida, do eixo preventivo do Pacto Pelotas pela Paz, foram atualizadas na manhã desta sexta-feira (20), durante reunião entre representantes das pastas da Saúde (SMS) e Educação e Desporto (Smed). As principais demandas encaminhadas no encontro correspondem aos projetos voltados à redução da vitimização precoce e à prevenção da gravidez na adolescência.
INFORMAR PARA PREVENIR
Dois materiais gráficos foram elaborados para subsidiarem informações e discussões acerca da gravidez na adolescência: um guia aos estudantes e um jornal aos professores. Aos alunos da rede municipal de ensino, serão destinados 25 mil exemplares do material; aos professores, 3 mil. A atividade integra o projeto de Prevenção da Gravidez Precoce.
O objetivo do material é oferecer aos educadores um recurso de informação segura para que saibam quais assuntos abordar com os jovens e a forma de tratá-los em sala de aula. Uma data será definida, em breve, para ação de entrega do jornal aos orientadores e professores de ciências. A intenção é que sejam apresentados dados relativos à gravidez precoce em Pelotas e o guia desenvolvido aos estudantes, além de oportunizar um espaço para troca de conhecimento, informações e sugestões.
Orientadora educacional da Smed, Vera Savedra lembra que, mesmo nas escolas onde não há incidência destes casos, é importante que se estabeleça um ambiente de diálogo entre professores e alunos, e divulgação de informações.
CAPACITAR O ATENDIMENTO
Outra frente de trabalho atrelada ao Infância Protegida, a Redução da Vitimização Precoce tem previsão de realizar capacitação a profissionais da rede municipal que trabalham, diretamente, com crianças e adolescentes possíveis vítimas de violência. A ideia, concretizada a partir de parceria com o Ministério Público, visa padronizar e fortalecer o fluxo de atendimento a essa população, através da qualificação de agentes da educação, saúde e assistência social.
De maio a junho, educadores das escolas municipais e da Smed receberam orientações sobre o tema, ministradas pelo Núcleo de Atenção à Criança e ao Adolescente (Naca). Com todos os educandários representados, o propósito é que os participantes tornem-se multiplicadores de conhecimento na sua comunidade escolar.
COMPARTILHAR E APROXIMAR
Com caráter itinerante, o projeto Escola de Mães e Avós atualmente atua dentro de duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Pelotas, no bairro Areal. Em quatro encontros, a troca de conhecimento entre população e profissionais de saúde permite um espaço favorável à disseminação de informações relacionados à maternidade, como vacinas e exames fundamentais, direitos garantidos por lei na hora do parto, cuidados com o recém-nascido, amamentação, depressão pós-parto, etc.
“A Escola não precisa ser sempre desenvolvida dentro das UBS. Estamos disponíveis para atuar com qualquer grupo e comunidade onde seja identificada a necessidade de se abordar estes temas. É um trabalho destinado a gestantes, mães de recém-nascidos, avós, pais e familiares”, explicou a responsável pelo programa, Carmem Viegas.
Nestes encontros, ocorre também a sensibilização para incentivar o registro de nascimento, caracterizando uma das ações de outro projeto do Infância Protegida: a Erradicação do Sub-registro Civil de Nascimento.
Em parceria definida com cartórios e hospitais de Pelotas, quatro maternidades oferecem o serviço em regime de plantão e facilitam o processo aos pais dos bebês. Reduzir a taxa de sub-registro no município e promover o direito à cidadania norteiam o projeto.