LEMBRANÇA : Façanha da Academia Tricolor
Há 51 anos, o Farroupilha foi campeão do Interior. Seu último título. Era o tempo da Academia Tricolor – um timaço que ficou gravado na memória dos tricolores que o viram jogar. “Nós fazíamos frente a Grêmio e Internacional”, recorda o atual presidente do Conselho Deliberativo do clube, Acy Moraes. Agora, depois de tanto tempo, os torcedores do Fantasma vivem a expectativa de gritarem novamente: “É campeão!”. Nos dois próximos domingos, o time vai decidir o título da Terceirona com o São Borja.
Alcy Moraes lembra que o Farroupilha mandou no futebol pelotense na segunda metade dos anos 60. Foi tricampeão da cidade em 1966/67/68. A escalação do time está na ponta da língua do dirigente: Caramuru, Noel, Osmarino, Zequinha e Betinho; Noredim, Gilnei e Wilson Carvalho; Celso, Lelo e Dias. Essa equipe ganhou o título do Interior de 1967, repetindo o feito que tinha sido obtido seis anos antes.
Uma passagem curiosa ocorreu em 1968. O Grêmio – então heptacampeão gaúcho – veio a Pelotas para colocar as faixas de tricampeão da cidade no Farroupilha. O amistoso foi realizado no Bento Freitas e, na preliminar, houve Bra-Pel. O Pelotas ganhou por 4 a 1. “A torcida do Farroupilha colocou uma baixa no estádio, dizendo: ‘Agora, eles estão no lugar que merecem’. Uma gozação ao Brasil e ao Pelotas, que estavam fazendo a preliminar do Farroupilha”, conta Moraes.
ADVERSÁRIO DA FINAL : São Borja reaparece e surpreende em 2018
O São Borja foi uma surpresa na Terceirona. Eliminou o Real, de Capão da Canoa, com dois empates nas quartas de final, e foi beneficiado pela exclusão do Gaúcho – clube punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva. Na sequência confirmou o acesso, com vitória de 3 a 0 diante do Rio Grande, depois de empatar por 0 a 0 o jogo de ida na Noiva do Mar.
É o retorno do São Borja ao cenário do futebol gaúcho. Nos anos 80, o clube da Fronteira Oeste era a Sociedade Esportiva São Borja e o time fez boas campanhas na primeira divisão do futebol gaúcho. Após um longo período com o futebol profissional desativado, o retorno ocorreu em 2009, com a denominação de Associação Esportiva São Borja. Na sequência, a AESB fechou de novo e reapareceu nesta temporada, através de uma iniciativa do vereador Elvio Feltrin (MDB) e do diretor Eduardo Rocha.
Apesar da troca de nome, o São Borja manteve as mesmas cores e escudo. Joga no Vicente Goulart, que tem capacidade para 12 mil pessoas, mas só a área social está sendo ocupada (comporta 1,5 mil pessoas).